terça-feira, 5 de abril de 2011

Edgar Morais

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Edgar Morais (Edgar Ramos de Morais), compositor, arranjador e instrumentista, nasceu em Recife PE, em 1/11/1904, e faleceu na mesma cidade, em 31/3/1973. Começou a estudar música, ainda menino, com o irmão mais velho, Raul Morais, formado em música na Alemanha e também compositor de Carnaval.

Em 1923, quando já tocava violão, fez suas primeiras composições para Carnaval e, tendo sido um dos grandes foliões de Recife, fundou diversos blocos locais como o Pirilampos, Jacarandá, Turunas de São José e Corações Futuristas.

Destacou-se no Carnaval de 1935 com Furacão no frevo, frevo de rua, e Caí no frevo, morena, frevo- canção, ambos gravados em disco Victor. Quando morreu seu irmão Raul Morais, em 1937, passou a estudar música sozinho e, em 1939, classificou-se em segundo lugar no Concurso Oficial de Músicas de Carnaval, em Recife, com o frevo de rua Saudades de mano.

Fez ainda dois frevos de rua — Pinga fogo e Tempo quente —, antes de trocar esse gênero pela marcha de bloco e deixar a orquestra de metais, que dirigia, para formar uma orquestra de pau-e-corda, composta de violões, cavaquinhos, banjos, bandolins, reco-reco, tarol e surdo, e um coral feminino, que cantava suas composições.

Compôs marchas de bloco para quase todos os blocos de Recife, chegando, num só ano, a escrever 12 marchas para 12 blocos diferentes, que competiram na passarela camnavalesca, cada um cantando música de sua autoria.

Foi campeão do Carnaval recifense durante vários anos, e, entre as composições que lhe deram o título, foram gravadas em discos, de etiquetas diversas (RCA Victor, Copacabana, Philips, Chantecler, Continental, Odeon, CBS e Mocambo), as seguintes marchas de bloco: A dor de uma saudade, de 1961; Valores do passado, de 1962; Pra você recordar, de 1967; Velhos Carnavais, de 1968, e Saudosos foliões, de 1973.

Conhecido como General de Cinco Estrelas da Folia, deixou uma produção de cerca de 300 composições, na maioria frevos e marchas. Um ano depois de sua morte, foi editado, na etiqueta Rozenblit, o LP Edgar e Raul Morais, contendo entre outras, sua última composição, Velhos tempos de criança.

Obras 

Caí no frevo, morena, frevo-canção, 1935; A dor de uma saudade, marcha de bloco, 1961; Furacão no frevo, frevo de rua, 1935; Saudosos foliões, marcha de bloco, 1973; Valores do passado, marcha de bloco, 1962; Velhos Carnavais, marcha de bloco, 1968.

Jesuíno do Monte Carmelo

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Frei Jesuíno do Monte Carmelo (Jesuíno Francisco de Paula Gusmão), compositor, nasceu em Santos, SP, em 25/3/1764, e faleceu em Nossa Senhora da Candelária de Itu (atual Itu), SP, em 30/6/1819. A mãe, Domingas Inácia de Gusmão, era sobrinha-neta de Bartolomeu de Gusmão, o padre-voador.

Pobre e de instrução precária, cedo começou a trabalhar como pintor, no convívio dos padres carmelitas. Com o padre mestre do coro aprendeu rudimentos de música e estudou órgão.

Transferindo-se para a vila de Nossa Senhora da Candelánia de Itu em 1781, passou a trabalhar como ajudante do pintor José Patrocínio da Silva Manso, participando também dos eventos musicais da matriz da vila.

Em 1784, a convite dos carmelitas, voltou a Santos, para construir um órgão, recebendo pelo serviço a importância de 54.200 réis. No mesmo ano retornou a Itu, onde casou com Maria Francisca de Godói, com quem teve quatro filhos: Maria, Elias, Eliseu e Simão Stock. Por essa época recebeu a empreitada de pintar a igreja do Carmo.

Viúvo em 1793, dois anos depois foi convidado para decorar as igrejas carmelitas de São Paulo. Em setembro de 1797 recebeu as ordens menores como carmelita, adotando o nome de Jesuíno do Monte Carmelo, e em dezembro do mesmo ano tornou-se presbítero.

Em julho de 1798, voltou a Itu, onde rezou sua primeira missa. Em 1805 concebeu o plano de ali construir uma igreja para Nossa Senhora do Patrocínio, e reunir padres numa congregação sem estatutos. Com o apoio de seus filhos já sacerdotes, construiu o templo com esmolas e recursos obtidos no Rio de Janeiro RJ, do príncipe D. João.

Em 1817 a parte interna do edifício estava concluida. Compôs toda a música para a festa de inauguração, marcada para 1818 mas adiada, por doença, para o ano seguinte. Nesse ano de 1818, seu amigo, o padre Feijó, foi residir em Itu com os padres do Patrocínio.

Dedicando-se à composição musical, escreveu para as festas do Santíssimo e terminou as matinas da Semana Santa.

Com a inauguração prevista para novembro de 1819, faleceu na noite de 30 de junho, sendo sepultado na igreja do Carmo. A igreja foi inaugurada a 8 de novembro de 1820 e, mais tarde, seus restos mortais foram para lá trasladados, tendo o padre Feijó escrito a oração fúnebre da cerimônia.

Obras

Música sacra: Hino à Virgem Soberana, s.d.; Jesu dulcis memoria, s.d.; Ladainha para coro, s.d.; Laudate Pueri, s.d. Matinas do Menino Deus, s.d.; Matinas de São Pedro, s.d.; Missa, s.d.; Missa solene, s.d.; O Salutaris Hostia, s.d.; Paixão de Sexta-feira Santa, s.d.; Paixão de Domingo de Ramos, s.d.; Pange Língua, s.d.; Procissão das Palmas, s.d.; Sacris Solemnis, s.d.; Te Deum, s.d.; Venite Adoremus, s.d.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha - 2a. Edição - 1998 - São Paulo.

Moleque Diabo

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Moleque Diabo (Aristides Júlio de Oliveira), compositor e instrumentista (banjo e bandolim), nasceu no Rio de Janeiro RJ e faleceu na mesma cidade, em 5/2/1938. Soldado do Corpo de Fuzileiros Navais, ingressou, depois, como servente, no Departamento de Correios e Telégrafos.

Organizou no Corpo de Fuzileiros Navais um conjunto de jazz, de que fazia parte como banjista.

Como compositor, deixou os sambas Não gostei de seus modos, Teus olhos, e as valsas Elsa e Abigail.

Em 1920 exibiu-se na orquestra do encouraçado São Paulo, para o rei Alberto, da Bélgica, quando de sua visita ao Brasil, nascendo daí a fama que desfrutou de primeiro banjista do Rio de Janeiro. Também tocava violão e bandolim.

Em 1922-1923 participou da excursão dos Oito Batutas à Argentina, embora não pertencesse oficialmente ao grupo.

Nas notas complementares da obra Waldir Azevedo: um cavaquinho na história escrita  por Marco Antonio Bernardo, podemos conhecer mais detalhes da vida do intrigante Moleque Diabo:

"O renomado jornalista e pesquisador da música popular brasileira João Ferreira Gomes, conhecido como Jota Efegê, escreveu uma matéria, publicada em 10 de janeiro de 1976 no jornal O Globo e reproduzida quatro mais tarde em seu livro Figuras e Coisas da Música Popular Brasileira, intitulada Aristides Fazia 'Diabruras' Com O Bandolim E O Banjo, na qual traz de volta ao público informações valiosas a respeito de Aristides, o Moleque Diabo.

Segundo o referido artigo, Moleque Diabo foi soldado do Corpo de Fuzileiros Navais, mas não integrou a banda da corporação como se supunha. Na verdade, fez parte de um conjunto musical cujos integrantes também eram do Corpo de Fuzileiros Navais e cuja criação ocorreu por interferência de Antonio Rodrigues de Jesus, maestro da banda do Batalhão Naval. Denomina-se Jazz-Band dos Fuzileiros Navais, que se contituia numa imitação perfeita das congêneres norte-americanas.

Esse conjunto logrou franca popularidade na década de 20, sendo csolicitado para muitos bailes na época, e contava com excelentes músicos: Jonas ao sax, Nicodemos ao trombone, Cebola ao piano, Praxedes à bateria e Aristides que, em função de suas "diatribes" ao banjo, não só tornou-se a vedete do conjunto como também conquistou seu popularíssimo apelido.

Algum tempo depois, Aristides deu baixa do Corpo de Fuzileiros Navais e tornou-se funcionário dos Correios e Telégrafos (ocupando a função de servente), sem contudo abandonar o banjo e vindo a integrar conjuntos similares à Jazz-Band ligada àquela corporação.

Moleque Diabo suicidou-se ingerindo formicida no dia 5 de fevereiro de 1938, durante os preparativos para o carnaval daquele ano, supostamente por causa de uma mulher de nacionalidade portuguesa.

A notícia de seu tresloucado gesto surpreendeu a cidade - que esperava que ela já estivessa pronto para se apresentar com seu banjo percorrendo as ruas cariocas em algum bloco ou embaixada -, vindo a obter ressonância nos jornais da época."

Fontes: Waldir Azevedo: um cavaquinho na História - Marco Antonio Bernardo - Ed.  Irmãos Vitale; Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - 2a. Edição - 1998 - São Paulo.

Roberta Miranda

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Roberta Miranda (Maria Albuquerque Miranda), cantora e compositora, nasceu em João Pessoa PB, em 28/9/1956. Começou a carreira profissional cantando em grupos de baile e, como compositora, chegou ao grande público em 1985, quando Jair Rodrigues gravou Majestade o sabiá.

Contratada pela Continental em 1986, gravou nove LPs. Ao término do contrato, em 1996, mudou-se para a Polygram.

Seus sucessos como cantora incluem os boleros Vá com Deus (Continental, 1987), Um minuto a mais (Continental, 1996), além de uma regravação de Cabecinha no ombro (Paulo Borges), em dueto com Fagner (Continental, 1992).

Sua composição Eu sou luz foi gravada em prol do projeto Criança Esperança com apoio da UNICEF, num disco-mix beneficente, com participação de Leandro e Leonardo, Tonico e Tinoco, Zezé di Camargo e Luciano, Gian e Giovani, Milionário e José Rico, Gaúcho da Fronteira, entre outros.

Em 1991 formou sua própria editora musical, Mariah Edições Musicais.

Foi jurada do Prêmio Sharp de Música, em 1995. No ano seguinte, ganhou um disco-tributo instrumental, com várias de suas composições interpretadas pelo maestro André Mazzini (selo ABW).

Em 1998, lançou o CD Paixão, pela Polygram, que contou com a participação especial das Irmãs Galvão na música Pedacinhos, de Carlos Randall.

Em 1999, lançou o CD Caminhos, o 12º da carreira e que em apenas dois meses vendeu cerca de 200 mil cópias. O grande sucesso do disco foi a música Amanhã, parceria com Reginaldo Rossi, que também cantou no disco.

Em 2000, lançou o CD Majestade, o sabiá - ao vivo, fazendo uma síntese de sua carreira em seu 13º disco. No mesmo ano, lançou seu primeiro DVD, Majestade o sabiá, pela Universal Music.

Em 2001 lançou o CD Tudo isto é fado, no qual gravou fados clássicos como Só nós dois, Nem às paredes confesso e Foi Deus, além de Amor dos meus amores, de sua autoria, contando com músicos que durante muitos anos acompanharam a cantora portuguesa Amália Rodrigues.

Em 2002, lançou o CD Pele de amor, com destaque para a música título, de sua autoria, Vício de amar e Não tem jeito não, parcerias com Lena Peres e Eu acho que estou perdendo você, de Gastão Lamounier e Carlos Colla. Ao longo de quase 15 anos de carreira vendeu cerca de 10 milhões de discos, tornando-se uma das artistas de maior sucesso no universo sertanejo.

Em março de 2003, 31 de março de 2003, junto com a atriz e diretora de teatro Bibi Ferreira foi homenageada pelo estado de Alagoas. As duas ganharam o prêmio pelo destaque na sociedade "Comenda da Nise da Silveira". Em maio do mesmo ano, atraiu diversas personalidades do mundo artístico em seu show no DirecTV, dirigido por Bibi Ferreira.

Em 2004, foi convidada para apresentar show no Museu do Ypiranga em homenagem aos 450 anos da cidade de São Paulo.

Em 2005, foi indicada para o para o Grammy Latino, na categoria Melhor Álbum de Música Romântica, com o disco Alma Sertaneja, concorrendo com Roberto Carlos (Pra Sempre Ao Vivo No Pacaembu), Raimundo Fagner (Donos do Brasil), Leonardo (Leonardo Canta Grandes Sucessos) e Alexandre Pires (Alto Falante).

Em março de 2006, apresentou-se em temporada de 2 dias no Canecão, com casa lotada. No mesmo período apresentou-se no Programa Boa Noite Brasil, na TV Bandeirantes e no Programa Sabadaço, também na TV Bandeirantes, divulgando seu novo DVD Acústico ao vivo.

Em 2008, lançou o CD Senhora Raiz, pelo selo Sky Blue Music e Canto Livre. Em 2009, participou da gravação do show para o DVD Um Barzinho, Um Violão-Sertanejo, lançado pela Sony Music, cantando a música Vá com Deus.

Em março de 2010, participou do programa "Emoções Sertanejas", da TV Globo, que teve como objetivo homenagear o cantor e compositor Roberto Carlos, cantando a música Eu disse Adeus, de Roberto e Erasmo Carlos.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora; Dicionário Cravo Albin da MPB.

Sula Miranda

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Sula Miranda (Suely Brito de Miranda), cantora, nasceu em São Paulo SP, em 12/11/1963. Originária do bairro do Ipiranga, onde passou toda a infância e adolescência, formou-se em educação artística na Faculdade de Belas Artes.

Iniciou carreira profissional em 1978 no conjunto infanto-juvenil As Melindrosas, o qual abandonou em 1981 para participar como corista em musicais e no programa de Sílvio Santos.

O sucesso viria em 1986, quando adotou o nome artístico de Sula Miranda e gravou seu primeiro LP, Sula Miranda — vol.1, pelo selo 3M. O grande êxito da música Caminhoneiro do amor lhe rendeu seu primeiro Disco de Ouro e o título de “A rainha dos caminhoneiros”.

Com estilo ingênuo e presença constante em shows de feiras e festas agropecuárias, conquistou seguidos sucessos musicais: A voz do rádio (Paulo Camargo e Iara Camargo), 1987; Rumo certo (Joel Marques), 1988; Seu olhar (Mário Maranhão e Tivas), 1990, entre outros.

No fim da década de 1980, assinou contrato com a Continental, em que lançou outros êxitos sertanejos: Estrada afora (Paulo Debétio e Paulinho Rezende), Com o pé na estrada (The boxer, Paul Simon, versão de Mário Maranhão e Roberto Merli), 1992; Only Yesterday (Richard Carpenter e John Bettis, sua versão), 1996.

Em 1997 estreou o programa Sula Miranda Show, na TV Manchete, e o show Estrela Guia.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Zacarias de Miranda

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Zacarias de Miranda (José Zacarias de Miranda e Silva), regente, professor e violinista, nasceu em Baependi MG, em 1851, e faleceu em São Paulo SP, em 31/10/1926. Alfaiate de profissão, iniciou-se em música na cidade natal, estudando canto e vários instrumentos de sopro e corda, particularmente violino.

Em 1869 transferiu-se para a vila de Penha do Rio do Peixe (atual Itapira) SP onde atuou como mestre da banda local.

Convertido ao protestantismo, foi obrigado a mudar-se para São Paulo SP, ingressando como violinista na Companhia Lírica Ferrari, que funcionava no Teatro São Pedro.

Estudou depois para o ministério, trabalhando sobretudo em Sorocaba SP e Brotas SP, em cuja igreja organizou um coro misto a quatro vozes. Deixou várias composições sacras, principalmente salmos e hinos. A maior parte de sua obra foi escrita para coro misto a quatro vozes á capela.

Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora; Vultos Presbiterianos; Portal Mackenzie.

Romualdo Miranda

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Turunas da Mauricéia
Romualdo Miranda, cantor, instrumentista (violão) e compositor (Recife PE, 1887 - 1930), era irmão de Luperce Miranda e de João Miranda com quem criou e integrou o grupo vocal e instrumental Turunas da Mauricéia. Começou na carreira artística no começo da década de 1920.

Em 1926, criou na cidade de Recife com os irmãos Luperce, no bandolim, e João, também no bandolim, e mais Manoel de Lima e João Frazão nos violões, e Augusto Calheiros nos vocais, o grupo vocal e instrumental Turunas da Mauricéia, com o qual foi para o Rio de Janeiro no ano seguinte onde se apresentaram com grande sucesso cantando emboladas, cocos e sambas nordestinos, ritmos até então desconhecidos na cidade, então capital Federal do país.

Nesse mesmo ano, o grupo gravou dez discos pela Odeon com vocais de Augusto Calheiros. Entre as quais sua canção Amor secreto, parceria com Leovigildo Jr. Ao todo participou da gravação de dezoito discos com os Turunas da Mauricéia.

Em 1929, sua canção Estou só!, foi gravada na Odeon por Patrício Teixeira, e a toada Tudo selado foi registrada por Gastão Formenti na Parlophon. No mesmo ano, gravou solo ao violão pela Parlophon a valsa Rosita, de sua autoria. Ainda em 1929, acompanhou ao violão o violonista Glauco Viana na gravação do fox-trot Oh! Que beijo..., e da valsa Deliciosa, de autoria de Glauco Viana.

Em 1930, o samba Estou descrente, com Pio Barcelo, foi gravado por Mário Reis na Odeon, e a canção A casinha onde moro, por Gastão Formenti, e o batuque Sá Mariquinha, e o samba Eu gosto é de apanhá, por Joviniano Araújo, as três na Parlophon. No mesmo ano, gravou ao violão, pela Brunswick a polca Rosalvo na farra, e a valsa O filtro, de sua autoria.

Ainda em 1930, sua marcha Confessa meu bem foi gravada na Brunswick pelo grupo Desafiadores do Norte com vocal de Iolanda Osório. A mesma cantora registrou o samba Jandira. De volta ao Recife, morreu prematuramente nesse mesmo ano.

Em 1940, o coco "Dinheiro novo", parceria com Manezinho Araújo foi gravado na Odeon por Manezinho Araújo. Em 1952, sua valsa Neusa, parceria com Nelson Miranda, foi gravada ao cavaquinho por Nelson Miranda em disco Todamérica.

Obras

A casinha onde moro, Amor secreto (c/ Leovigildo Jr.), Confessa meu bem, Estou descrente (c/ Pio Barcelo), Estou só!, Eu gosto é de apanhá, Neusa (c/ Nelson Miranda), O filtro, Rosalvo na farra, Rosita, Sá Mariquinha e Tudo selado.

Discografia

1929) Rosita - Parlophon - 78; (1930) Rosalvo na farra / O filtro - Brunswick - 78.


Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira - Bibliografia Crítica: AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

Belkiss de Mendonça

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Belkiss de Mendonça (Belkiss Spenzièri Carneiro de Mendonça), pianista e professora, nasceu em Goiás, GO, 15/2/1928, e faleceu em 17/11/2005. Tendo iniciado estudos musicais com a avó, Nhanhá do Couto, cursou a E.N.M.U.B., do Rio de Janeiro RJ, na classe do professor Paulino Chaves.

Fez, posteriormente, curso de aperfeiçoamento com os professores Joseph Kliass, Arnaldo Estrela e Camargo Guarnieri, tendo com este trabalhado toda a sua obra pianística.

Em 1946 foi para Goiânia GO e começou a lecionar piano, formando um grupo que, em 1956, fundou o Conservatório Goiano de Música, atual Escola de Música da Universidade Federal de Goiás. Foi sua primeira diretora, cargo que acumulou com o de titular da cadeira de piano, tendo participado de bancas examinadoras de concursos nacionais de piano e de livre-docência. Foi mestra de quase todos os atuais professores da escola.

Publicou o livro A música em Goiás, Goiânia, 1969. Deu recitais como pianista em todo o Brasil, e excursionou várias vezes pela Europa e EUA. Em missão cultural do Itamarati, percorreu todos os países das Américas do Sul e Central, além do México.

Em 1970 gravou pela Copacabana o disco Panorama da música brasileira, patrocinado pela Universidade Federal de Goiás.

Como diretora do Instituto de Artes, presidiu à comissão que organizou, em Goiânia, três festivais nacionais de música, um concurso nacional de piano, um concurso nacional de música e concursos de canto e de instrumentos de sopro e cordas. Foi presidente da Fundação Cultural do Estado de Goiás, do Conselho Estadual de Cultura e da Sociedade Brasileira de Música Contemporânea.

Entre muitas condecorações e títulos honorífícos, recebeu a medalha Couto Magalhães.

Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora;  Falece Belkiss Carneiro de Mendonça.