sábado, 24 de setembro de 2011

Tuca

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Tuca (Valenza Zagni da Silva), cantora e compositora, nasceu em 17/10/1944, em São Paulo, SP, e faleceu em 8/5/1978, na mesma cidade. Formou-se em música erudita, em 1957, pelo Conservatório Paulista, começando a compor nesse mesmo ano. Fez parte do Grupo de Música Popular da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.

Em 1962 teve, pela primeira vez, uma canção de sua autoria registrada em disco, com a gravação de sua música Homem de verdade, pela cantora Ana Lúcia. Sua primeira apresentação profissional foi no programa "Primeira audição", produzido por João Leão e Horácio Berlinck para a TV Record (SP).

Participou, ainda na década de 1960, dos seguintes festivais: Festival Nacional de Música Popular da TV Excelsior (SP), interpretando com Airto Moreira a música Porta estandarte, de Geraldo Vandré e Fernando Lona, classificada em 1º lugar e premiada com o Berimbau de Ouro (1966); I Festival Internacional da Canção da TV Rio (RJ), apresentando Cavaleiro, de sua autoria e Geraldo Vandré, classificada em 2º lugar na fase nacional do festival (1966); O Brasil canta no Rio, interpretando, com a soprano Stella Maris, a canção de sua autoria Paixão segundo o amor, classificada em 3º lugar; e III Festival Internacional da Canção da TV Globo, apresentando a canção Mestre sala, de Reginaldo Bessa e Ester Bessa (1968).

Seu primeiro disco, Eu, Tuca, lançado pela Chantecler, com composições de sua autoria, introduziu a viola caipira nas orquestrações.

Convidada pelo Itamaraty, participou, ao lado de Gilberto Gil e do Jongo Trio, da Semana de Arte Brasileira, realizada na África. De volta ao Brasil, apresentou-se com Miéle e Ronaldo Bôscoli no Rui Bar Bossa (RJ), com o show "Uma noite perdida". Ainda com Miéle, inaugurou a boate Blow Up (SP) e apresentou-se na casa noturna Sucata (RJ).

Em 1969, viajou para a Europa, fixando residência em Paris durante seis anos. Fez turnês por vários países como Espanha, Itália e Holanda.

Voltou para o Brasil em 1975, para o lançamento de seu LP Drácula, I love you, gravado na França.

Em 1977, produziu um quadro com Fafá de Belém para o especial de Milton Nascimento realizado na TV Bandeirantes (SP) por Roberto de Oliveira.

Morreu no ano seguinte, aos 34 anos, em função de uma parada cardíaca provocada por sucessivos regimes de emagrecimento.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB.

Jorge Costa

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Jorge Costa, compositor, nasceu no Estado de Alagoas em 1922 e viveu parte de sua juventude em Recife, Pernambuco. Filho de família humilde, sem nenhuma formação profissional, depois de servir ao Exército Brasileiro, durante a Segunda Guerra Mundial, iniciou a sua trajetória para o sucesso.

Com sua vocação musical batendo mais forte, sempre dividiu seu tempo para se aproximar do mundo que o consagraria, principalmente quando no Rio, morando no Morro da Mangueira e se aproximando dos bambas da Verde e Rosa, como Nelson Cavaquinho, passando a integrar a Ala de compositores.

Em São Paulo, passa a participar de programas de Calouros em rádio e tv e a cantar em Boates, que eram os grandes templos da MPB. Reconhecido, passa a viver somente da música e para a música, com centenas de gravações de renomados artistas e orquestras.

Autor de muito vários sambas de sucesso: Triste madrugada, Baile do risca faca, Maria Simplicidade, Lar sem pão, Brigamos e muitos outros, Jorge Costa teve suas músicas gravadas por diversos cantores famosos tais como: Ângela Maria, Jair Rodrigues, Germano Mathias, Benito Di Paula, Noite Ilustrada, Beth Carvalho, Demônios da Garoa entre outros.

Sua carreira como cantor foi pequena. Gravou apenas dois LPs, que se tornaram raridade: Samba Sem Mentira (1968) e Jorge Costa e Seus Sambas (1973).

Jorge Costa morreu em 1995 e ainda hoje é pouco lembrado no mundo do samba.

Fontes: Escola do Samba; Dabliú Discos; Diário da Música; Vermute com Amendoim.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Olmir Stocker

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Olmir Stoker, mais conhecido como Alemão, guitarrrista e compositor, nasceu em Taquari, Rio Grande do Sul, em 17/06/1936. Em Porto Alegre, trabalhou na rádio gaúcha e acompanhou na guitarra diversos artistas na tevê, com especial destaque para Elis Regina.

Fez parte do quinteto de Breno Sauer com quem gravou seis álbuns e excursionou pelo Brasil. Em São Paulo, começou a trabalhar com Roberto Carlos e Wanderléia. Em seguida, se juntou ao saxofonista Casé e Hermeto Pascoal na banda “Brasilian Octopus”. Participou de importantes festivais e turnês, no Japão, Canadá, Estados Unidos da América, Espanha, França, Itália e Suíça.

Membro efetivo da Associação Internacional de Guitarras; leciona no Centro de Estudos Musicais CEM) – antiga ULM (Universidade Livre de Música). Acompanhou vários artistas (mais de noventa), entre eles, Gregório Barrios, Ângela Maria, Nelson Ned, Simone, Lanny Gordin, Jonas Sant´Anna, e outros. Participou de diversos grupos musicais, como o renomado Medusa.

Compositor de mais de 1500 canções, tem como uma de suas canções O caderninho, primeiramente interpretado por Erasmo Carlos, porém atingindo mais de trinta e seis interpretações diferentes por outros renomados cantores.

Já em carreira solo, gravou em 1981 o seu primeiro disco, Longe dos olhos perto do coração, vendendo aproximadamente trinta mil cópias. Em 1987 gravou com uma formação em quarteto Alemão bem brasileiro e, em 1990, Só sabor.

É autor do projeto que leva informações às escolas primárias, para melhoria da cultura musical brasileira; entre outros.

Participou de importantes eventos como o Free Jazz Festival em São Paulo, onde também tocou Horace Silver e Max Roach; Montreal´s Festival (1988 e 1989);e The Week of People´s Sound at the Town hall em Nova Iorque (1989), sendo um dos músicos mais aplaudidos pela platéia norte-americana.

Em 1992, os músicos Alemão e Zezo Ribeiro formaram um duo, gravando Música Viva e Brasil Geral, trabalho que o levou a participar de eventos como Internacional Meething of Guitars em Buenos Aires, de 1993; Brasil Embassies Concerts, de 1993, no Uruguai, Argentina, Chile e Espanha, e do Internacional Festival of Guitars no Chile (1993 e 1994). Em 1995 gravaram “De A a Z”, impulsionando ainda mais sua carreira. Em turnê pela Europa, participou do Jazz Club´s na Espanha, França, Alemanha, Dinamarca e Suécia (1994). Executou concertos no Teatro Municipal de Córdoba na Espanha e no Teatro do Conservatório Nacional de Perpignan na França.

Apresentou-se também no III Festival Internacional de Guitarras em Buenos Aires (1995) na Argentina, convidado pelo organizador do evento Juan Falu (sobrinho de Eduardo Falu), membro da Associação Internacional de Guitarras; e em Guitarras Del Mundo em Quito no Equador (1996). Com o “DUO”, o músico Alemão já se apresentou em mais de 23 países, passando pelos cinco continentes em mais de 160 concertos, tendo se apresentado inclusive no Festival de Jazz de Montreal, tocando suas próprias composições nos ritmos brasileiros (samba, xaxado, baião, choro, valsa e vários outros) com jazz.

No Brasil, suas apresentações são constantes em conceituados espaços culturais como o Memorial da América Latina; SESCs e Expo Musics.

Fonte: Wikipédia.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Geraldo Nunes

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Geraldo Nunes, cantor e compositor, nasceu em Teófilo Otoni, Minas Gerais, em 1932. Em 1960 gravou seu primeiro disco, pela gravadora Chantecler, com a toada Lenço vermeio, de Nino Ferraz e Caetano Somma e o xaxado Fazenda véia, de Tatá Sales e Chacrinha.

Em 1962 gravou pela Continental, de sua autoria e Coronel Narcizinho o rasqueado As três Marias e de Elias Soares a toada Nordeste sangrento. Em 1964, Luiz Gonzaga gravou de sua autoria o baião Viva o Zé Arigó. Em 1965 teve a composição Minha serenata, parceria com João Silva, gravada por Wanderley Cardoso na Copacabana.

Em 1968, Wanderley Cardoso gravou Bobo do baile, parceria dos dois e Eu não sou ioiô, parceria com Cláudio Fontana. Em 1971 Eduardo Araújo gravou A canção do povo de Deus, pela Odeon.

Em 1989, compôs com João Silva Faça isso não, gravado por Luiz Gonzaga.

Como cantor um de seus sucessos foi "A véia debaixo da cama", de J. Andrade, gravada nos anos de 1970. Gravou pela Candem os LPs "Na onda do sucesso" volumes I e II. Seus maiores sucessos como compositor foram "O bom rapaz" e "Meu amor brigou comigo", gravadas por Wanderley Cardoso os anos 1960, no auge da Jovem Guarda.

Em 1999 teve a música "A véia debaixo da cama" relançada no CD "A discoteca do Chacrinha", pela Universal Music. Em 2001, o sanfoneiro Renato Leite gravou "Mentira cabeluda", parceria com Joca de Castro.

Obra
A canção do povo de Deus; Arrependimento (c/ Paulo Márcio); Bobo do baile (c/ Wanderley Cardoso); Caso de emergência (c/ Antônio Queiroz); Eu não sou ioiô (c/ Cláudio Fontana); Faça isso não (c/ João Silva); Mentira cabeluda (c/ Joca de Castro);  Meu amor brigou comigo; Minas lágrimas (c/ Arnoldo); Minha serenata (c/ João Silva); O amor nasce de um beijo; O bom rapaz;   Viva o Zé Arigó.

Fontes: Wikipedia; Dicionário Cravo Albin da MPB.

sábado, 17 de setembro de 2011

Sérgio Dias

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Sérgio Dias, produtor e guitarrista, nasceu em São Paulo SP, em 01/12/1950. Ligado à música desde a infância, formou ainda a adolescente o grupo Os Mutantes, uma das bandas seminais do rock brasileiro, ao lado do irmão Arnaldo Batista e de Rita Lee.

Em 1980, desfeito o grupo, Sérgio partiu para os Estados Unidos, convidado pelo produtor Eddie Offord para gravar seu primeiro disco solo, "Sergio Dias". Morou em Nova York por mais de dez anos, sempre atuando como guitarrista e chegando a tocar ao lado de figuras como Gil Evans, John McLaughlin, Eumir Deodato, Airto Moreira e Flora Purim.

Em 1990 gravou "Mato Grosso" ao lado do guitarrista inglês Phil Manzanera, e no ano seguinte lançou internacionalmente um novo disco, "Mind Over Matter", que saiu no Brasil pela Natasha. Em 1994 é a vez de "Song of The Leopard", que começou a ser gravado numa viagem à África do Sul.

Voltou a morar no Brasil no começo da década de 1990, radicando-se em Araras (RJ), onde montou um estúdio caseiro. Mesmo assim continuou indo com freqüência aos Estados Unidos.

Em 1993 foi eleito por 25 guitarristas brasileiros como o melhor em seu instrumento, e participou de festivais como o Nescafé & Blues (1996), além de shows individuais em casas noturnas.

Em 2000 lançou "Estação da Luz" pelo seu próprio selo, Lotus Music.

Discografia

Estação da Luz - Lotus Music - 2000; Song of the Leopard - Black Sun (USA) - 1997; Mind Over Matter - Expression Records (Inglaterra)/Natasha Records - 1991; Mato Grosso - Phil Manzanera & Sérgio Dias - Black Sun (USA) - 1990; Sérgio Dias - CBS - 1980.

Fonte: Cliquemusic

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Cecéu

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Cecéu (Mary Maciel Ribeiro), cantora e compositora, nasceu em 02 de Abril de 1950 na cidade de Campina Grande, na Paraíba. É filha de Severino Lourenço Ribeiro e Maria Maciel Ribeiro. Morou 10 anos no Rio de Janeiro, radicando-se depois em São Paulo. É casada com o compositor Antônio Barros.

Quando menina acompanhava o pai comerciante ao centro da cidade e lá fazia questão de comprar a Revista do Rádio. "Desde muito pequena eu era encantada por rádio. Lembro de uma festinha de aniversário que fui e estava tocando Iracema, dos Demônios da Garoa, na radiola.

A música é triste, conta a história de uma moça que é atropelada a poucos dias do casamento. Aquilo me sensibilizou tanto que não consegui aproveitar a festa com as outras crianças. Eu tinha só sete anos e fui tocada pela música".

A influência de Cecéu sempre foi a música romântica. "Gosto de músicas que falam de sentimento, de coração. Todo mundo tem um coração, não é mesmo?". Apaixonada por programas de rádio, ela conta que sua infância foi marcada por cantores que não combinavam com sua faixa etária como Ângela Maria, Cauby Peixoto, Emilinha Borba e o rei do bolero Anísio Silva. "Minha mãe tentava me convencer que aquelas não eram músicas para criança, mas nem adiantava.

Conheceu Luiz Gonzaga  nos anos de 1970, quando fazia gravações na CBS com os Três do Nordeste e Marinês. Ficou amiga do Rei do Baião e sempre que este ia à Campina Grande, costumavam dividir o mesmo palco.

Em 1982 o cantor Ney Matogrosso gravou com enorme sucesso Por debaixo dos panos. No mesmo ano a cantora Elba Ramalho obteve sucesso espetacular com o xote Bate coração, gravado ao vivo no Festival de Montreux na Suiça.

Em 1985, teve seu Forró nº 1", gravado por Luiz Gonzaga no LP Sanfoneiro macho. No mesmo ano Jorge de Altinho gravou Nem que pare o coração, que deu nome ao disco  Beijo na boca.

Em 1986, outra de suas composições, Engabelando, em parceria com Bella Maria foi gravada por Luiz Gonzaga, que em 1987, gravaria Zé Budega e em 1988, Moela e coração, de sua parceria com Zé Mocó e Cajueiro velho. Ainda em 1986, a cantora Marinês, em seu LP Tô chegando, gravou Vida acomodada, Jorge de Altinho gravou Na cama, no chão e Não lhe solto mais e Dominguinhos, no LP Gostoso demais, gravou Chameguinho.

Em 1987, a mesma Marinês gravou Forró pé de chinelo, Chamego na farinha e Balaio de paixão, que deu nome ao disco e Jorge de Altinho gravou Calor de verão, que também deu nome ao seu disco daquele ano e Xodó beleza.

Em 1989, em seu último disco, o Rei do Baião gravou de sua autoria, as composições Coração molim, Na lagoa do amor e Baião agrário, esta em parceria com Maranguape. O trio de forró Os Três do Nordeste fez sucesso com suas composições Prá virar lobisomem, Por debaixo dos panos, Da boca pra fora, Forró casamenteiro e Amor sobrando.

Em 1990, o sanfoneiro Sivuca gravou em seu LP Um pé no asfalto, outro na buraqueira, sua composição Forró da gente.

Em 1994 teve a composição Esse Brasil é meu, parceria com Antônio Barros, gravada por Dominguinhos. Em 1998, a cantora Elba Ramalho gravou o forró Chameguinho. No mesmo ano, Marinês e Elymar Santos gravaram ao vivo a composição Bate coração.

Em 1999, Flávio José gravou Bebê chorão e banda Mastruz com Leite gravou seu Forró nº 1, pela BMG. No mesmo ano, teve a música Menino de colo gravada pelo cantor brega Falcão no CD 500 anos de chifre - O brega do brega.

Em 2000, lançou pelo selo CPC-Umes/Eldorado, o CD Forró nº 1, junto com o marido Antônio Barros. Um de seus grandes sucesso foi o baião Paraí-ba, gravado por Messias Holanda e regravado em 2000 por Zé Ramalho no CD duplo Nação nordestina.

Obras

A procura de forró, Amor com café, Amor sobrando, Baião agrário (c/ Maranguape), Balaio de paixão, Bate coração, Bebê chorão, Beijo na boca, Cajueiro velho, Calor de verão, Chamego na farinha, Chameguinho, Coisa linda (c/ Antônio Barros), Como eu sou (c/ Antônio Barros), Coração molim, Da boca prá fora, Energia (c/ Zé Mocó), Engabelando (c/ Bella Maria), Esse Brasil é meu (c/ Antônio Barros), Fogo na paia (c/ Antônio Barros), Forró casamenteiro, Forró da gente, Forró nº 1, Forró pé de chinelo, Menino de colo, Moela e coração (c/ Zé Mocó), Na cama, no chão, Na lagoa do amor, Não lhe solto mais, Né mentira não, Nem que pare o coração, Ninguém desata esse nó, O neném, O pavio e o lampião (c/ Antônio Barros), Paraí-ba, Por debaixo dos panos, Por essa paixão, Pra tu e eu (c/ Antônio Barros), Pra virar lobisomen, Pra você gostar, Vida acomodada, Xodó beleza.


Fontes: O Norte On Line; Sai do Sofá; Dicionário Cravo Albin da MPB.

Antônio Barros

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Antônio Barros (Antônio Barros Silva), cantor, compositor e poeta, nasceu em 11/3/1930, no pequeno Município de Queimadas de Campina Grande, Paraíba. Casado com a compositora e cantora Cecéu, fixou residência em São Paulo.

Nos anos 1960 morou no Rio de Janeiro e tocou triângulo no regional de Luiz Gonzaga, na casa de quem morou na Ilha do Governador. Trabalhou como contrabaixista no navio Ana Neri, que fazia cruzeiros turísticos pelo litoral brasileiro.

Em 1970, numa dessas viagens compôs Procurando tu, a partir de lembranças da infância e entregou a música para gravação pelo Trio Nordestino. Aceitou a parceria de J. Luna disc-jóquei baiano que ajudou a divulgar a música no nordeste, tornando-se um dos sucessos daquele ano e regravada por ele mesmo, Ivon Curi e Jackson do Pandeiro, entre outros. Outros de seus sucessos gravados pelo Trio Nordestino foram, Corte o bolo, Cuidado com as coisas, É madrugada e Faz tempo não lhe vejo.

Em 1974 teve a música Vou ver Luiza, parceria com Lindolfo Barbosa gravada por Bastinho Calixto pela EMI. Um dos muitos grupos que gravaram suas composições e obteve sucesso foi o trio Os Três do Nordeste, que alcançou as paradas de sucesso com É proibido cochilar, Forró do poeirão, Forró de tamanco e Homem com H.

Em 1981 teve a música Estrela de ouro, com José Batista gravada por Luiz Gonzaga e Gonzaguinha e Quebra pote, pelo Trio Mossoró, na gravadora Copacabana. No mesmo ano conheceu outro grande sucesso, Homem com H, composta anos antes para a novela O bem amado e gravada dessa vez por Ney Matogrosso e tornando-se um dos grandes sucesso do ano.Também no mesmo ano, Zé Piata gravou na Copacabana o forró Procurando tu, parceria com J. Luna.

Em 1982 obteve outro grande sucesso com o xote Bate coração, parceria com a mulher Cecéu e gravada ao vivo no ano anterior por Elba Ramalho no festival de Montreux na Suiça.

Em 1983 Dominguinhos gravou É madrugada. Em 1985 o mesmo Dominguinhos gravou Forró do quem quer, parceria com Oseinha. Em 1986 Luiz Gonzaga gravou Forró da matadeira e em 1988, com participação de Carmélia Alves, Vamos ajuntar os troços.

Em 1992 Dominguinhos gravou Coisa linda, parceria com Cecéu. Em 1996 teve gravada Com você na cabeça, com Cecéu, por Jorge de Altinho. Em 2001 Flávio José gravou O que a gente faz.

Compôs mais de 700 músicas ao longo da carreira. Em 2004, É proibido cochilar, de sua autoria foi incluída no segundo CD do grupo Cabruêra, ganhando nova leitura. Nesse ano, as músicas Xaxado bossa nova e Já faz um tempo não lhe vejo foram gravadas pelo Trio Nordestino no CD Baú do Trio Nordestino 2.

Em 2005, teve o xote Já faz tempo não lhe vejo gravado pelo sanfoneiro Waldonis, no CD Anjo querubim, lançado pela Kuarup Discos. Em 2007, teve a música Procurando tu, com J. Luna, gravada pelo cantor e compositor Kojak do Forró, no álbum ao vivo O afilhado do rei do ritmo Jackson do Pandeiro. O CD/DVD, de lançamento independente, produzido por Kleber Matos, foi uma homenagem ao cantor e compositor Jackson do Pandeiro.

Obras

Açúcar na café Bate coração (c/ Cecéu), Burra namoradeira, Coisa linda (c/ Cecéu), Com você na cabeça (c/ Cecéu), Como eu sou (c/ Cecéu), Coração em festa, Corte o bolo, Cuidado com as coisas, É madrugada, É proibido cochilar, Esse Brasil é meu (c/ Cecéu), Estrela de ouro (c/ José Batista), Fogo na "paia" (c/ Cecéu), Forró da maiadeira, Forró de tamanco, Forró do poeirão, Forró do quem quer (c/ Oseinha), Homem com "H", Já faz tempo não lhe vejo, Ninguém pode com você, O pavio e o lampião (c/ Cecéu), O que a gente faz, Pra eu e tu (c/ Cecéu), Procurando tu (c/ J. Luna), Quadrilha do Manoel, Quebra pote, Saudade que dói, Só voltarei amanhã, Vamos ajuntar os troços, Vou ver Luiza (c/ Lindolfo Barbosa), Xaxado bossa nova, Xote do bêbado.

Fontes: Site do compositor Antônio Barros; Dicionário Cravo Albin da MPB.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Celso Ricardi

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Celso Ricardi (João Batista), cantor e compositor, nasceu na cidade mineira de Ituiutaba (circa 1950). De estilo romântico, participou de inúmeros programas de auditório na década de 1970.

Estreou em discos em 1973, quando lançou pela gravadora Sinter um compacto simples com as músicas Te amo eternamente e Cadê Karina?. No mesmo ano, participou da trilha sonora da novela Mulheres de areia da Rede Tupi, sucesso na época, lançada pelo selo Sinter/Philips, na qual interpretou Te amo eternamente (While we're still young), de Paul Anka e Chouckroun, e versão de Dino Rossi, fazendo razoável sucesso.

Em 1974, particpou da trilha sonora da novela Os Inocentes, da Rede Tupi, em LP lançado pelo selo Mercury/Philips. Nesse disco cantou a balada Por que te amo? (Perche ti amo), de Bigazzi e Savio, e versão de Zani. No mesmo ano, participou também da coletânea Músicas na passarela, da Polyfar/Philips, com a mesma música, que se tornaria seu maior sucesso.

Em 1975, sua gravação da balada Olha-me nos olhos foi incluída no LP Sucessos de ouro - VOL. 8 da Polyfar/Philips.

Em 1976, lançou pela Polydor o LP Celso Ricardi, no qual interpretou as canções Viva (Vive), de S. Denis, R. Hernández e G. Freitas, e Recordações de um amor (Je ne sais pas ton nom), de M. Delancray e M. Simille, ambas em versões de Leonardo; Outra vez, de Mesure e Richard, com versão do ainda não famoso escritor Paulo Coelho; Eu preciso, de Lui e Freitas; Volta (Amore sbagliato), de A. Toscani, A. Sotgiu, F. Gatti e C. Minellono, e versão de Fernando Adour; Eu preciso de você, de sua autoria, Sandro Tavares e Edi Silva; Um dia de arco-íris (Um giorno di arcobaleno), de Masini, Pintucci e Di Bari, e versão de Kátia Maria; Posso lhe mostrar meu mundo, de Paulinho Camargo e Maxiliano; Você é o som da minha canção, de Rony Carlos e Paulinho Camargo; Eu e a noite, de Isolda e Milton Carlos; Sem você, de sua autoria e Rony Carlos, e Quero ter você toda uma existência, de Dora Lopes, Gilson Harmonia e Sérgio Lopes. Nesse ano, seu sucesso Porque te amo foi incluído na coletânea Os galãs do programa Silvio Santos.

Em 1978, gravou Quero te amar agora, que fez parte do LP Sucesso fantástico, da gravadora Continental.

Em 1992, lançou pela gravadora Hermisom o LP Celso Ricardi, com as músicas O amor e a fantasia, de Eunice Barbosa e D'Carlos; Brasil fauna e flora, de Edinho da Mata e Vera Lima; Reprise, de Carlos Randall, Di Marco e Luis Berto; Saudade de Ituiutaba, de Hermínio Conterrâneo; Te amo eternamente, de Dino Rossi; Doente de amor, de Wilian e Taguai; Igualdade dos sexos, de sua autoria e Edinho da Mata; Volta, com Ernane Claudino e Ilda; Gotas de saudade, de Joel Marques, e seu grande sucesso Porque te amo.

Na década de 1990, abandonou a carreira artística e passou a residir na cidade de São Paulo, tornando-se proprietártio de uma loja de telefonia celular. Por volta de 2005, participou do programa do Ratinho.

 Obras

Eu preciso de você - com Sandro Tavares e Edi Silva; Igualdade dos sexos - com Edinho da Mata; Sem você - com Rony Carlos; Volta - com Ernane Claudino e Ilda

Discografia 

(1992) Celso Ricardi - Hermisom - LP
(1978) Sucesso fantástico - Participação - Continental - LP
(1976) Celso Ricardi - Polydor - LP
(1976) Os galãs do programa Silvio Santos - Participação - Independente - LP
(1975) Sucessos de ouro - VOL. 8 - Participação - Polyfar/Philips - LP
(1974) Trilha sonora da novela Os Inocentes - Participação - Mercury/Philips - LP
(1974) Músicas na passarela - Participação - Polyfar/Philips - LP
(1973) Te amo eternamente/Cadê Karina - Sinter - Compacto simples
(1973) Trilha sonora da novela Mulheres de areia - Participação - Sinter/Philips - LP

Fontes: Dicionário Cravo Albin da MPB; Por Onde Canta? - Celso Ricardi. 

domingo, 4 de setembro de 2011

Chico Santana

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Chico Santana (Francisco Felisberto Santana), compositor, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 22/9/1911, e faleceu na mesma cidade, em 26/3/1988. Residiu em Oswaldo Cruz, subúrbio do Rio de Janeiro considerado um celeiro de sambistas. Foi levado por Alvaiade para a Ala de Compositores da Portela.

Em 1970, Paulinho da Viola produziu para a gravadora RGE o LP "Portela, passado de glória". Neste primeiro disco da Velha-Guarda da Portela participou cantando da música Vida fidalga, em parceria com Alvaiade. No ano seguinte, Paulinho da Viola gravou Passado de glória (c/ Monarco).

No ano de 1976, Eliana Pittman interpretou De Paulo da Portela a Paulinho da Viola, uma composição de sua autoria em parceria com Monarco. Neste mesmo ano, Cristina Buarque em seu disco Prato e faca, gravou outra composição de sua autoria. No ano seguinte, Beth Carvalho despontou com um dos maiores sucessos de sua carreira Saco de feijão, gravada em seu LP "Botequins da vida".

Em 1978, no LP "Arrebém", pela Continental Discos, Cristina Buarque interpretou Muito embora abandonado (c/ Mijinha). A faixa ainda contou com a participação especial da Velha-Guarda da Portela, da qual o compositor fazia parte. Neste mesmo ano no LP "De pé no chão", Beth Carvalho incluiu Lenço, parceria com Monarco. Ainda neste ano, Vania Carvalho interpretou sua composição Pranto.

No ano de 1986, o produtor japonês Katsounuri Tanaka lançou para o mercado japonês o disco "Doce Recordação - Velha-Guarda da Portela". O LP, lançado pelo selo Office Sambinha, trazendo a formação original da Velha Guarda da Portela que incluía Chatim, Manacéia, Alberto Lonato e Chico Santana, além do cavaquinho de Osmar do Cavaco.

Em 1990, foi gravado para o mercado japonês o disco "Resgate", de Cristina Buarque. Neste CD, foi incluída Adeus, eu vou partir (c/ Mijinha), que teve a Velha Guarda da Portela como participação especial nesta faixa. Mais tarde, em 1994, a gravadora Saci relançou o disco para o mercado brasileiro.

No ano de 1999, Tanaka produziu também para o mercado japonês o disco "Velhas companheiras". Neste CD, reunindo as velhas guardas da Portela e Mangueira, incluiu de sua autoria Vaidade de um sambista.

No ano 2000, a cantora e compositora Marisa Monte, filha do ex-diretor da Portela Carlos Monte, produziu pelo Selo Phonomotor o CD "Tudo azul", da Velha-Guarda da Portela. Neste disco, foram regravadas Noite em que tudo esconde, por Paulinho da Viola, e Lenço, em parceria com Monarco, gravada por Zeca Pagodinho e Velha Guarda da Portela.

Em 2001 foi lançado o livro "A Velha Guarda da Portela" (Ed. Manati) de autoria Carlos Monte e João Batista Vargens, no qual os autores fazem várias referências ao compositor, um dos fundadores da Velha Guarda da Portela.

Em 2002, pelo selo Phonomotor de Marisa Monte, Argemiro da Portela lançou o CD "Argemiro Patrocínio". Neste disco foi incluída uma parceria de Chico Santana com Argemiro Patrocínio Dizem que o amor.

Em 2004 Monarco e a Velha-Guarda da Portela, juntamente com Beth Carvalho, interpretaram Saco de feijão no DVD "Beth Carvalho - a madrinha do samba".

Obra

Adeus, eu vou partir (c/ Mijinha), De Paulo da Portela a Paulinho da Viola (c/ Monarco), Dizem que o amor (c/ Argemiro Patrocínio), Existe um traidor entre nós, Hino da Velha Guarda da Portela, Lenço (c/ Monarco), Minha querida (c/ Manacéia), Muito embora abandonado (c/ Mijinha), Noite em que tudo esconde (c/ Alvaiade), Passado de glória (c/ Monarco), Pranto, Saco de feijão, Vaidade de um sambista, Vida fidalga (c/ Alvaiade).

Fontes: Portela Web; Dicionário Cravo Albin da MPB.

Marcelo Nova

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Marcelo Nova (Marcelo Drummond Nova), cantor e compositor, nasceu em Salvador, Bahia, em 16/8/1951. Foi vocalista da banda baiana Camisa de Vênus, desde o início dos anos 1980 até o seu primeiro final em 1987.

Em 1988 iniciou sua carreira solo tendo gravado, no ano seguinte, um LP ao lado de Raul Seixas, intitulado A Panela do Diabo. Em 1995, reuniu-se com o Camisa de Vênus e lançou mais dois álbuns, sendo um ao vivo e outro de estúdio. Em 1998 retomou a sua carreira solo.

Reúne-se esporadicamente com o Camisa de Vênus e seu último trabalho de estúdio é o álbum O Galope do Tempo de 2005. É conhecido, principalmente, pelas músicas Beth morreu, Eu não matei Joana D'Arc, Simca Chambord e Só o fim, com o Camisa de Vênus, e Pastor João e a igreja invisível e Carpinteiro do Universo, com Raul Seixas.

Na infância era muito tímido e concentrava todas as suas horas livres em ouvir música. Ficava tardes e tardes inteiras apenas ouvindo música e prestando atenção aos detalhes, aos instrumentos e ao modo pelo qual eles eram tocados nos vários discos. Foi nessa época que teve o primeiro contato com o rock and roll, quando pediu que seu pai lhe comprasse um disco de Little Richard, chamado Here's Little Richard. Aos 14 anos viu Raulzito e os Panteras tocarem ao vivo, o que o fez perceber que era possível tocar o estilo de música que ele gostava aqui no Brasil.

Na adolescência e início da fase adulta trabalhou com seu pai, que tinha uma clínica de fisioterapia, fazendo pedigrafia. Trabalhou também vendendo seguros antes de montar uma loja de discos chamada Néctar, em meados dos anos 70. Com a loja de discos, Marcelo conseguiu um emprego em uma rádio de Salvador, a Aratu FM, passando a ser responsável por um programa, chamado Rock Special, e pela programação da rádio.

Com o programa de rádio, Marcelo Nova tornou-se conhecido fora da Bahia por pessoas no Rio e em São Paulo, ligadas a gravadoras, que lhe chamavam para dar opinião sobre vários discos que eles recebiam das matrizes e não tinham a menor idéia do que se tratava e de como comercializar aquilo.

No início dos anos 80, Marcelo Nova vendeu o ponto da loja e, com o dinheiro, fez uma viagem para Nova Iorque onde tomou contato com o movimento punk. Percebeu que, com o conhecimento musical que ele tinha adquirido - aliado à filosofia punk do "faça você mesmo", poderia montar uma banda e fazer música mesmo sem grandes virtuosismos.

Quando voltou de Nova Iorque, Marcelo chamou um amigo que tinha conhecido na TV Aratu, Robério Santana, para formar uma banda que tocasse rock and roll e punk rock. A banda foi formada ainda em 1980 e, após o lançamento de um compacto, ficaram famosos na Bahia o que lhes abriu as portas para gravarem um álbum.

A banda duraria sete anos e lançaria, nesse primeiro período, quatro álbuns de estúdio e um ao vivo, ficando conhecida no Brasil inteiro e chegando a vender mais de 300 mil cópias do disco Correndo o Risco.

O Camisa de Vênus voltaria a se reunir em 1995, lançando mais dois álbuns, sendo um ao vivo e outro de estúdio. Após novo fim da banda em 1997, a banda se reuniria esporadicamente nos próximos anos. Atualmente encontra-se em atividade com Eduardo Scott (ex-Gonorréia) substituindo Marcelo Nova nos vocais.

Após o último álbum da primeira formação do Camisa de Vênus, Marcelo Nova juntou músicos para formar uma banda de apoio para a sua carreira solo. A primeira formação da banda Envergadura Moral conta com Gustavo Mullem nas guitarras, João Chaves (o Johnny Boy) nos teclados, Carlos Alberto Calasans no baixo, e o veterano Franklin Paolilo na bateria. Após ensaios e apresentações, gravaram o primeiro disco, Marcelo Nova e a Envergadura Moral, lançado em 1988.

Em 1984, durante um show do Camisa de Vênus no Circo Voador, o grupo foi avisado que Raul Seixas viria para assisti-los e queria conhecê-los. O que acabou acontecendo foi uma festa com o Camisa de Vênus, mais Raul Seixas, tocando covers de clássicos do rock para quem compareceu ao show.

A partir daí, Marcelo Nova e Raul Seixas tornaram-se grandes amigos. Em 1989 decidem gravar um disco juntos e saem em turnê, realizando 50 shows. Mais tarde naquele ano seria lançado o segundo álbum da carreira solo de Marcelo Nova, A Panela do Diabo, que viria a ser o último álbum de Raul Seixas, lançado dois dias antes da sua morte. Depois deste disco, Marcelo Nova foi tido por muitos como o sucessor de Raul Seixas, título do qual ele nunca gostou e o qual sempre contestou.

No início dos anos 90, Marcelo Nova estava em turnê quando o presidente Fernando Collor confiscou as cadernetas de poupança de todo mundo e, portanto, os shows que ele tinha marcado foram cancelados. Ele resolveu, então, pegar um violão e sair com mais um músico, sem nenhum instrumento elétrico, fazendo uma turnê acústica, o que trouxe a ideia de fazer um álbum inteiro com essa sonoridade.

Em 1991, saía o disco Blackout, primeiro disco integralmente acústico da história do rock nacional, que marca a entrada de André Christovam, substituindo Gustavo Mullem, nos violões da banda Envergadura Moral.

No próximo álbum, em 1994, Marcelo Nova pegou a sonoridade acústica e inverteu-a completamente, produzindo um disco com muita guitarra e bem pesado. O álbum recebeu o nome de A Sessão sem Fim e traz o guitarrista veterano Luis Sérgio Carlini, que ganhou fama como guitarrista da banda de Rita Lee nos anos 70, o Tutti Frutti.

Após a volta do Camisa de Vênus, em 1998, Marcelo Nova tem uma ideia de gravar um disco só com releituras de músicas de sua carreira, experimentando novos arranjos. A ideia surgiu quando ele viu uma ultra-sonografia de um feto e ocorreu-lhe que ele pulsava num ritmo exato, não tinha futuro, nem passado, era um ponto de luz. Assim, gravou o disco Eu Vi o Futuro, Baby. Ele É Passado com apenas um músico (o multi-instrumentista Johnny Boy) que, com a exceção do próprio Marcelo Nova em uma das faixas, tocou todos os instrumentos. Este é o último álbum de Marcelo a sair por uma grande gravadora, a extinta Abril Music.

No ano seguinte, Marcelo Nova lança dois álbuns ao vivo a partir de dois shows selecionados por um fã, Luís Augusto Conde. São eles o Grampeado em Público - Volume I e Grampeado em Público - Volume II que saíram pelo selo independente Baratos Afins e foram distribuídos apenas nos shows que Marcelo Nova realizou pelo país, tendo vendido cerca de 6 mil cópias.

Em 2001, sairia a caixa tripla Tijolo na Vidraça, na qual o artista faz um apanhado da sua carreira contando com músicas antigas remasterizadas, releituras e inéditas. Depois de um tempo excursionando pelo país, Marcelo Nova solta, em 2003, uma coletânea com grandes sucessos de sua carreira, tanto solo como com o Camisa de Vênus, chamada Em Ponto de Bala.

No ano de 2005, após 13 anos compondo e criando o conceito, sai seu último álbum de inéditas, O Galope do Tempo. O álbum possui características existencialistas, indo do nascimento à morte.

Atualmente, Marcelo Nova excursiona com sua banda de apoio fazendo shows pelo país afora.

Fonte: Wikipedia.

Cláudio Roberto

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Cláudio Roberto (Cláudio Roberto Andrade de Azevedo), compositor, nasceu em Vassouras, RJ, e foi um dos principais parceiros de Raul Seixas.

As primeiras composições dos dois ocorreram em 1977 no disco "O dia em que a terra parou", de Raul Seixas, para o qual compuseram as músicas Tapanacara, No fundo do quintal da escola, Eu quero mesmo, Sapato 36, Você e outras, entre as quais, os sucessos O dia em que a Terra parou e Maluco beleza.

Um de seus maiores sucesso com o roqueiro baiano foi o Rock das aranhas, de 1987, proibido pela censura federal e liberada mediante a intervenção do escritor e crítico musical R. C. Albin.

Em 1988 fez sucesso com Cowboy fora da lei, música do último disco de Raul Seixas, que trazia ainda da parceria dos dois as músicas Gente, Cantar, Quando acabar, o maluco sou eu e Loba, as duas últimas com a participação de Lena Coutinho.

Nos últimos anos do século vinte, afastou-se praticamente da vida artística, passando a viver em um sítio em Miguel Pereira.

Obras

Abre - te sésamo (c/ Raul Seixas), Aluga-se (c/ Raul Seixas), Angela (c/ Raul Seixas), Baby (c/ Raul Seixas), Beira do pantanal (c/ Raul Seixas), Cantar (c/ Raul Seixas), Cowboy fora da lei (c/ Raul Seixas), De cabeça pra baixo (c/ Raul Seixas), Eh meu pai (c/ Raul Seixas), Eu quero mesmo (c/ Raul Seixas), Gente (c/ Raul Seixas), Loba (c/ Raul Seixas e Lena Coutinho), Maluco beleza (c/ Raul Seixas), Negócio é (c/ Eduardo Brasil), No fundo do quintal da escola (c/ Raul Seixas), O dia em que a terra parou (c/ Raul Seixas), Paranóia II (c/ Raul Seixas e Lena Coutinho), Quando acabar o maluco sou eu (c/ Raul Seixas e Lena Coutinho), Que luz é essa? (c/ Raul Seixas), Rock das "aranha" (c/ Raul Seixas), Sapato 36 (c/ Raul Seixas), Sim (c/ Raul Seixas), Só pra variar (c/ Raul Seixas), Tapanacara (c/ Raul Seixas) e Você (c/ Raul Seixas).

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB.

Carlos Colla

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Carlos Colla (carlos carvalho colla), instrumentista, compositor e produtor musical, nasceu em Niterói, RJ, em 5/8/1944. Filho de imigrante italiano, vive hoje na capital fluminense.

Desde muito jovem, interessou-se por música. Aos 14 anos mudou-se com a família para Teresóolis, região serrana do Rio, onde conheceu e fez amizade com o violonista Alfredo Pessegueiro do Amaral. Teve dois filhos no primeiro casamento, Carlos Colla Júnior e Daniela, e, do relacionamento de dois anos e meio com a Miss Brasil Marisa Fully Coelho, uma filha, Laura.

Durante anos, Carlos Colla custeou os estudos se apresentando nas noites do Rio, até ser convidado por MaurÍcio Duboc para participar do conjunto musical O Grupo.

Foi numa apresentação do conjunto O Grupo no Canecão que Carlos Colla e Roberto Carlos se conheceram. Acompanhado de Maurício Duboc, Colla foi pedir ao Rei uma música e, prontamente, Roberto Carlos respondeu: "tudo bem, desde que vocês façam uma pra mim".

Carlos Colla se entregou ao desafio de corpo e alma e compôs com Maurício as músicas A namorada e Negra, que Roberto Carlos gravou em 1971. Nascia o compositor e a parceria de grandes sucessos, Colla e Duboc. Desde então, Carlos Colla figura entre os compositores preferidos do Rei, com mais de 40 sucessos gravados por ele.

Em 1977, Roberto Carlos explodia nas rádios com mais uma composição de Carlos Colla, o eterno sucesso Falando sério. A repercussão foi tamanha que, tempos depois, Falando sério seria gravada por inúmeros artistas, em vários idiomas.

Em 1974, Carlos Colla graduou-se bacharel em Direito. Durante dez anos, exerceu brilhantemente a carreira de advogado, mas não abandonou o amor pela música e tampouco a inquietação de compor as canções encomendadas pelo mais importante intérprete brasileiro, Roberto Carlos.

No ano de 1980, Carlos Colla trabalhava na OAB do Rio de Janeiro e presenciou a explosão da famosa carta bomba, episódio que marcou a história política do Brasil e também assinalou o fim de sua carreira advocatícia. Colla passou a dedicar-se inteiramente à sua arte, e presenteou o público com uma enorme quantidade de composições que, na voz de grandes intérpretes da MPB, se transformaram na trilha sonora da vida de milhares de brasileiros.

Carlos Colla emplacou vários sucessos e produziu muitos artistas, dentre os quais, o cantor mexicano Luis Miguel, e a turnê Brasil do grupo musical Menudo, fenômeno porto-riquenho.

Como intérprete, gravou suas composições em dois trabalhos: um LP, pela gravadora Som Livre, e um CD, pela Transcontinental. Em 2009 lançou seu primeiro DVD "50 Anos de Música", pela Diamond, onde comemora seus 50 anos de carreira e seus grandes sucessos.

Até hoje, intérpretes, grupos musicais, bandas e inúmeras duplas sertanejas, gravam canções de Carlos Colla.

A partir de então, Carlos Colla compôs várias músicas gravadas por artistas. Também atuou com produtor, já tendo produzido o Menudo no Brasil, assim como Luis Miguel.

Algumas obras

Falando sério
(parceria com Maurício Duboc), Roberto Carlos; Pra te dar Felicidade (parceria Kely Reinttz) - Alcione; Dança do Côco, Xuxa; Hoje a noite não tem luar, Legião Urbana; ; Daqui prá frente (parceria com Maurício Duboc), Vanusa; Cortinas (parceria com Fred Falcão), Vanusa; Eu quero mais (parceria com Lilian Knapp), Sandy e Júnior; Pra que mentir (parceria com Marcos Valle), Erasmo Carlos; Mel na minha boca (parceria com Nenéo), Grupo Desejos; Meu disfarce (parceria com Carlos Roque), Fafá de Belém; Anoiteceu (parceria com Mauro Motta), Fafá do Belém; Sinto muito (parceria com Chico Roque), Wanderléia; Tô deixando você (parceria com Chico Roque), Chitãozinho e Xororó; Na hora do adeus (parceria com Chico Roque e Matogrosso), Matogrosso e Mathias; Orgulho não leva a nada (parceria com Michael Sullivan), The Fevers; Doces algemas (parceria com Nenéo), Wanderley Cardoso; Avenida paulista (parceria com Gilson), Wanderley Cardoso; Eu quero ter felicidade (parceria com Peninha), José Daniel Camillo; Um gato que vai (versão de "Un gatto nel blu"), José Daniel Camillo; Sotaque do Interior (parceria Kely Reinttz)- Alex e Gabriel.

Fonte: Wikipedia.

domingo, 7 de agosto de 2011

Maurício Tapajós

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Maurício Tapajós (Maurício Tapajós Gomes), compositor, instrumentista, cantor e produtor musical, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 27/12/1943, e faleceu na mesma cidade, em 21/04/1995. Nascido em uma família carioca com forte ligação musical (o pai, Paulo Tapajós, era radialista, compositor e cantor e foi, com os irmãos, responsável pela estréia musical do poeta Vinícius de Moraes na parceria Loura ou morena, de 1928; o irmão Paulinho também é músico), começou a compor na década de 60.

Sua primeira composição gravada foi Carro de boi (com Cacaso), pelo conjunto Os Cariocas.

Em 1966, assinou a direção musical e a trilha sonora, em parceria com Hermínio Bello de Carvalho e Antonio Carlos Brito (Cacaso), da ópera popular João Amor e Maria, de autoria de Hermínio Bello de Carvalho. O musical foi encenado no Teatro Jovem (RJ), por um elenco formado por Betty Faria, Fernando Lébeis, José Wilker, José Damasceno, Cécil Thiré e os integrantes do grupo vocal MPB-4, com direção de Kleber Santos e Nélson Xavier e cenários de Marcos Flaksman. A trilha sonora do espetáculo, de sua parceria com Hermínio Bello de Carvalho, foi lançada em disco.

Em 1967, Mudando de conversa (com Hermínio Bello de Carvalho) obteve sucesso na interpretação de Dóris Monteiro.

Teve diversas músicas gravadas na década de 1970, incluindo o clássico anticensura Pesadelo, com Paulo César Pinheiro ("você corta um verso/ eu escrevo outro/ você me prende vivo/ eu escapo morto") e o hino da anistia To voltando. Criou sua própria gravadora, Saci (Sociedade de Artistas e Compositores Independentes). Pela Saci lançou Olha aí e o LP duplo Aldir Blanc & Maurício Tapajós.

Foi fundador da Amar (Associação dos Músicos, Arranjadores e Regentes) e presidente da entidade.

No ano de sua morte, foi realizado, no Teatro João Caetano (RJ), o show tributo "Amigos lembram Maurício Tapajós", com a participação de Paulinho Tapajós, Mu Carvalho, Chico Buarque, Paulinho da Viola, Carlinhos Vergueiro, João Nogueira, Sérgio Ricardo, Cristina Buarque, Miúcha, Os Cariocas, O Trio, Cristóvão Bastos, Zezé Gonzaga, Célia Vaz, Alaíde Costa, Moacyr Luz, Marco Sacramento, Paulo Malaguti, Elza Maria e Amélia Rabelo, entre outros.

Maurício Tapajós faleceu aos 51 anos, em 21 de abril de 1995.

Fontes: CliqueMusic; Memorial da Fama.

Renato Barros

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Renato Barros (Renato Cosme Vieira de Barros), compositor e instrumentista, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 27/09/1943. Em 1959 criou o grupo Renato e seus Blue Caps, que passou a se apresentar em bailes pela cidade.

Em 1966 teve a música Devo tudo a você gravada pelo cantor Jerry Adriani. O mesmo cantor gravou ainda Não me perguntem por ela, Triste amor, Uma vida inteira e Você quis zombar de mim, parceria com Ed Wilson, entre outras. 

Ainda em 1966, a cantora Wanderléia gravou Tudo morreu quando perdi você. No mesmo ano, foi de sua autoria um dos maiores sucessos do conjunto Renato e Seus Blue Caps, A primeira lágrima.

Em 1979, teve a música Eu não sabia que você existia com Tony gravada pela dupla Jane e Herondy.

Ao longo da carreira assinou parcerias com o irmão Paulo César Barros, Rossini Pinto, Lílian knapp e Ed Wilson, entre outros. Dois de seus maiores sucessos foram Menina linda e Feche os olhos, versões para as músicas I should have know better e All my loving, do conjunto inglês The Beatles, gravadas por Renato e Seus Blue Caps. Outro grande sucesso de sua carreira como compositor foi Devolva-me, parceria com Lilian Knapp e gravada inicialmente por Leno e Lilian e que no final dos anos 1990 ganhou um versão também de sucesso com a cantora Adriana Calcanhoto.

Em 1995 partcipou com seu conjunto das comemorações dos 30 anos da Jovem Guarda com apresentações em diversas casas de shows.

Com mais de 50 músicas gravadas, teve composições registradas por Wanderley Cardoso, The Fevers, Roberto CarlosErasmo Carlos e Leno e Lílian. Em contínua atuação como instrumentista e compositor, voltou a participar, em 2005, das comemorações dos 40 anos da Jovem Guarda, incluindo gravação de DVD comemorativo.

Obras

A garota que eu gosto, A pobreza, A saudade que ficou (c/ Ed Wilson),  Amor sem fim (c/ Alessandro),  Anjo rebelde (c/ Nanni e Cid Chaves),  Aprenda a me conquistar (c/ Lilian Knapp e Carlinhos),  Batom vermelho (c/ Nanni e Gelson Morais),  Blue caps twist,  Bonequinha,  Com você no coração (c/ Nanni),  Como há dez anos atrás,  Coração faminto (c/ Gileno),  Devo tudo a você,  Devolva-me (c/ Lilian Knapp),  Esta noite não sonhei com você,  Eu não aceito o teu adeus (c/ Mauro Motta),  Eu não sabia que você existia (c/ Tony),  Eu te amei demais,  Eu te amo,  Eu te quero, eu te adoro (c/ Rossini Pinto),  Feche os olhos (c/ Lennon e MacCartney),  Gamadinho por você,  Guerrilheiro do amor (c/ Nanni e Hugo Belardi),  Lar doce lar (c/ Carlinhos), Memórias (c/ Nanni), Menina feia,  Menina linda (c/ Lennon e MacCartney),  Meu amigo do peito,  Monaliza da tv (c/ Nanni),  Não foi o que eu fiz (c/ Pedrinho),  Não maltrate um coração,  Não me perguntem por ela,  Não vá embora sem me dizer,  Nos braços, nos olhos e no coração (c/ Nanni),  Nós dois,  O brinquedo se quebrou,  O feio (c/ Getúlio Côrtes),  O pica-pau (c/ Lilian Knapp),  Os costeletas (c/ Getúlio Côrtes e Carlinhos),  Pode me procurar (c/ Nanni),  Pra sempre (c/ Nanni),  Preciso ser feliz (c/ Paulinho e Lilian Knapp),  Primeira lágrima,  Querida Gina,  Se você soubesse (c/ Rossini Pinto),  Sem Suzana,  Sem você,  Sexo frágil (c/ Nanni),  Sim, sou feliz (c/ Paulo César Barros),  Só por causa de você (c/ Gileno),  Sou amor pra te entregar (c/ Massom),  Sou louco por ela (c/ Ed Wilson),  Suco de laranja (c/ Ernani Cardoso e Pantera),  Summer comes again, Triste amor,  Tudo morreu quando perdi você,  Um é pouco, dois é bom, três é demais,  Vamos fundo (c/ Nanni),  Vera Lúcia (c/ Paulinho),  Você deixou saudades (c/ Mauro Motta),  Você é um pedaço de mim,  Você não serve pra mim,  Você quis zombar de mim (c/ Ed Wilson),  Vou ao teu encontro (c/ Ernani Cardoso).

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB.

Waly Salomão

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Waly Salomão (Waly Dias Salomão), poeta, ensaísta e letrista, nasceu em Jequié, BA, em 03/09/1943, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 05/05/2003. Filho de pai sírio e mãe baiana, viveu sua infância na cidade natal, mudando-se, na adolescência, para Salvador (BA) para cursar o 2º grau. Graduou-se em Direito pela Universidade Federal da Bahia, embora nunca tenha exercido a profissão.

Nos anos 1960, aproximou-se de artistas que se identificaram com o movimento tropicalista, como Torquato Neto, Gal Costa, Maria Bethânia, Caetano Veloso ,Gilberto Gi e Jards Macalé. No entanto, Salomão nunca se identificou como integrante do movimento estético tropicalista.

Poeta e letrista — além de produtor cultural e diretor artístico —, é co-autor de músicas como Mel e Talismã, ambas com Caetano e que viraram título dos discos de Maria Bethânia de 1979 (ultrapassando a marca de 1 milhão de cópias) e 1980, Anjo exterminador (com Macalé, também título do disco de Bethânia de 72), Mal Secreto (com Macalé), Assaltaram a gramática (com Lulu Santos, grande sucesso dos Paralamas), Balada de um vagabundo (com Roberto Frejat, gravada por Cazuza), Pista de dança (com Adriana Calcanhotto, gravada pela própria em Marítimo) e Vapor barato (com Jards Macalé), composta em 1968 e gravada por Gal Costa no disco Fa-tal em 1972, que voltou a fazer sucesso em 1995 na trilha sonora do filme Terra Estrangeira.

Ainda na década de 70 desenvolveu a Morbeza (morbidez + beleza) romântica, linha pela qual Jards Macalé lançou o disco Aprender a nadar. O espetáculo Fa-tal, marco na carreira de Gal, foi dirigido por Waly.

Lançou seu primeiro livro do poemas em 1971, Me Segura que Eu Vou Dar um Troço, com textos escritos durante uma temporada passada na prisão, paginados e diagramados pelo artista plástico Hélio Oiticica, amigo de toda a vida e de quem escreveu a biografia, Qual é o Parangolé

No ano seguinte participou da organização e edição de Os Últimos Dias de Paupéria, coletânea de artigos do poeta e amigo Torquato Neto, morto em 1972.

Junto com Torquato fez a revista Navilouca, que só teve um número mas fez história. Nessa época, passou a assinar como Wally Sailormoon, pseudônimo que logo abandonou. Outros de seus livros foram Gigolô de bibelôs, Surrupiador de souvenirs, Algaravias, Lábia e Tarifa de embarque, lançado em 2000.

Obras

A cabeleira de Berenice (c/ Moraes Moreira), A fábrica do poema (c/ Adriana Calcanhoto), A voz de uma pessoa vitoriosa (c/ Caetano Veloso), Alteza (c/ Caetano Veloso), Anjo exterminado (c/ Jards Macalé), Assaltaram a gramática (c/ Lulu Santos), Assim sem mais (c/ João Bosco e Antônio Cícero), Balada de um vagabundo (c/ Roberto Frejat), Berceuse crioulle,Campeão olímpico de Jesus (c/ Caetano Veloso), Da gema (c/ Caetano Veloso), Dandara, a flor do gravatá (c/ Gilberto Gil), Domingos Jorge Velho em Pernambuco (c/ Gilberto Gil), Dona do castelo (c/ Jards Macalé), Ganga zumba, o poder da bugiganga (c/ Gilberto Gil), Grafitti (c/ Caetano Veloso e Antônio Cícero), Holofotes (c/ João Bosco e Antônio Cícero), Ladrão de fogo (c/ João Bosco e Antônio Cícero), Lenda de São João (c/ Moraes Moreira), Luz do sol (c/ Carlos Pinto), Maio, maio, maio (c/ João Bosco e Antônio Cícero), Mal secreto (c/ Jards Macalé), Mel (c/ Caetano Veloso), Memória da pele (c/ João Bosco), Misteriosamente (c/ João Bosco e Antônio Cícero), Musa cabocla (c/ Gilberto Gil), Negra melodia (c/ Jards Macalé), O cometa (c/ Gilberto Gil), O dono do pedaço (c/ Caetano Veloso e Antônio Cícero), O faquir da dor (c/ Jards Macalé), O revólver do meu sonho (c/ Gilberto Gil e Roberto Frejat), O senhor dos sábados (c/ Jards Macalé), Odalisca em flor (c/ Moraes Moreira), Olho de lince (c/ Waly Salomão), Olho-d'água (c/ Caetano Veloso), Paranóia (c/ João Bosco e Antônio Cícero), Pista de dança (c/ Adriana Calcanhoto), Pontos de luz (c/ Jards Macalé), Quilombo (c/ Gilberto Gil), Remix século vinte (c/ Adriana Calcanhoto), Revendo amigos (c/ Jards Macalé), Rua Real Grandeza (c/ Jards Macalé), Sábios costumam mentir (c/ João Bosco e Antônio Cícero), Saída de emergência (c/ João Bosco e Antônio Cícero), Senhor dos sábados (c/ Waly Salomão), Talismã (c/ Caetano Veloso), Trem-bala (c/ João Bosco e Antônio Cícero), Vapor barato (c/ Jards Macalé), Zé Pilantra (c/ Itamar Assunção), Zona de fronteira (c/ João Bosco e Antônio Cícero), Zumbi, a felicidade guerreira (c/ Gilberto Gil).

Fontes: Wikipédia; CliqueMusic.

Luiz Galvão

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Luiz Galvão (Luís Dias Galvão), compositor e escritor, nasceu em Juazeiro, BA, em 1937. Mudou-se para Salvador, onde conheceu Moraes Moreira e Paulinho Boca de Cantor, com os quais criou o conjunto Os Novos Baianos em 1968.

Conhecia João Gilberto desde a adolescência em Juazeiro, o que permitiu que, quando os Novos Baianos fossem para o Rio de Janeiro após realizarem É Ferro na Boneca (1970) em São Paulo, ele contatasse o pai da bossa nova e este influenciasse todo o grupo, culminando no álbum mais aclamado deles, Acabou Chorare (1972).

Sua trajetória na música popular brasileira é extensa. Em 1968, Galvão participou do V Festival de Música Popular Brasileira, da TV Record (SP), com a canção De Vera (em parceria com Moraes Moreira), interpretada pelo grupo Novos Baianos.

Nos anos 70, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde passou a viver comunitariamente com todos os músicos do grupo, em um sítio localizado em Vargem Grande, onde gravaram Acabou chorare, comunicando-se constantemente com Gilberto.

Escreveu a maioria das canções gravadas pelo conjunto, musicadas por Moraes Moreira, entre elas Acabou chorare, Preta pretinha e Mistério do planeta. O grupo se desfez em 1978, voltando a se reunir no final do século passado, para a gravação do CD ao vivo Infinito Circular.

Publicou, em 1997, o livro Anos 70: Novos e Baianos, lançado pela Editora 34 (SP), relatando a trajetória do grupo.

Hoje em dia mora em Salvador e tem dois cd's de poesias inéditas, lançados de forma independente.

Obras

A menina dança (c/ Moraes Moreira), Acabou chorare (c/ Moraes Moreira), Besta é tu (c/ Moraes Moreira e Pepeu Gomes), Casca de banana que eu pisei (c/ Moraes Moreira), Colégio de Aplicação (c/ Moraes Moreira), De Vera (c/ Moraes Moreira), É ferro na boneca (c/ Moraes Moreira), Felicidade no ar (c/ Moraes Moreira), Mistério do planeta (c/ Moraes Moreira), Preta pretinha (c/ Moraes Moreira), Só se não for brasileiro nessa hora (c/ Moraes Moreira), Sorrir e cantar como Bahia (c/ Moraes Moreira), Swing de Campo Grande (c/ Moraes Moreira e Paulinho Boca de Cantor), Tinindo trincando (c/ Moraes Moreira), Um bilhete para Didi (c/ Moraes Moreira)

Fonte: Wikipedia.

sábado, 30 de julho de 2011

Armando Fernandes

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Armando Fernandes, o Mamão (Armando Fernandes Aguiar), cantor e compositor, nasceu em 24/8/1938, em Juiz de Fora, Minas Gerais. Apaixonou-se por samba desde sua infância, quando aos 11 anos desfilou no carnaval pelas ruas de sua cidade, no bloco da escola onde estudava.

Participou do II Festival de Música Popular Brasileira de Juiz de Fora, no final dos anos 1960, com sua canção Adeus diferente, interpretada por Ellen de Lima, e obteve sucesso, como compositor, com a música Tristeza pé no chão, gravada por Clara Nunes, em 1976.

Lançou o CD Mamão com açúcar, contendo suas composições , O beco não perde o tom, Botei seu nome na bandeira, Amor nem pensar e Ao amigo Toninho, todas com Carioca, Sete costados (c/ Marcinho Itaboray), Falou e disse, Samba do aniversário, Endereço, De sapato branco, Decisão, Cordão de metal, Paulinho tanto do tanto, Vila Furtado e Tristeza pé no chão.

Sua primeira composição foi Água deu, água levou contando desavenças de carnaval. Ao longo de sua carreira compôs cerca de 200 sambas. Sua composição mais famosa foi Tristeza pé no chão gravada por Clara Nunes com enorme sucesso.

Fontes: Paixão e Romance; Dicionário Cravo Albin da MPB.

domingo, 24 de julho de 2011

A impressão musical no Brasil - Parte 8

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Rua Henrique Martins - Manaus, Amazonas - 1901/1902.
Belém - Vicente Sales, em artigo publicado na Revista Brasileira de Cultura, nr. 12 (1972), estudou, de forma exaustiva, as “Editoras de música no Pará”, sendo fonte das informações aqui fornecidas.

Deve-se a Carlos Wiegandt, de nacionalidade alemã, a introdução da litografia na capital paraense. Em 1871 abriu oficina que se incumbia, entre outros trabalhos, de gravar também música. O estabelecimento progrediu rapidamente, tornando-se dos mais importantes no Estado.

Outra oficina, contemporânea de Wiegandt, foi a Imprensa Musical de Francisco Costa Júnior, na Travessa Sete de Setembro, mas imprimindo em muito menor escala.

M. J. da Costa e Silva, estabelecido desde cerca de 1860, na Rua dos Mercadores, 458B, começou a publicar música por volta de 1869, mantendo-se até o final do século, foi editor de Henrique Eulálio Gurjão, Clemente Ferreira Júnior e outros compositores paraenses; as peças eram em geral impressas na Alemanha, com chapas numeradas (C.&S. ..).

Em 1886, José Mendes Leite inaugurava Loja na Rua da Imperatriz (depois Rua Quinze de Novembro), 18, e por volta de 1895 já tinha casa editora. Como seu colega Costa e Silva, mandava imprimir em Leipzig, obras de compositores conterrâneos, chegando a publicar, na primeira década deste século, quase duas centenas de peças, todas numeradas (J.M.L. ...). Com o falecimento de Mendes Leite, seu genro, Abílio Antônio da Fonseca, conhecido fabricante de instrumentos de corda, constituiu nova firma, dando à casa o nome de Empório Musical, Travessa Sete de Setembro, 7, loja essa que até hoje se mantém ativa com o filho, Ernâni Leite da Fonseca. Continuou publicando, mas as peças passaram a ser impressas em São Paulo, algumas com chapas numeradas (A. ... F.).

O Bazar Ideal, de L. Santos & Cia., na Travessa de São Mateus (hoje Padre Eutíquio), 4, vendia artigos diversos e imprimiu também na Alemanha quase uma centena de peças com chapas numeradas (Bazar Ideal).

A Livraria Universal, de Tavares Cardoso & Cia., já funcionando em 1868, só começou a publicar músicas no começo do século XX obras de autores paraenses, mandadas imprimir em Leipzig, com chapas numeradas (L.U. ...).

Data da última década do século passado a Livraria Bittencourt, de R. L. Bittencourt & Cia., Rua 15 de Novembro, 15. Como a maioria, publicou principalmente obras de compositores paraenses, sendo as peças impressas em Leipzig e, mais tarde, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Por volta de 1903, já apresentava, na contracapa de suas edições, um Catálogo das obras publicadas pela casa, período de maior produtividade. Alguns anos depois, a firma passou para Bernardino Leite Bittencourt, filho do fundador (nas somente a indicação de Liv. Bittencourt), sempre no mesmo endereço, até quase meados deste século.

Manaus - João Donizetti Gondim, pertencente a conhecida família de músicos cearenses, abriu em Manaus, por volta de 1917, a Casa Editora Donizettí, na Rua Henrique Martins, 6. Publicou até cerca de 1930 principalmente música de salão, inclusive obras suas e de seu irmão Francisco. As peças eram impressas em São Paulo.

Salvador - Várias oficinas litográficas de Salvador imprimiam música em fins do século passado, entre elas Litografia de M. I. D’Araújo, Litografia Jourdan &Wirz, Litografia Moura (Rua do Julião, 13) e a Tipografia de Camilo de Lélis Masson & Cia. (Rua de Santa Bárbara, 3), que publicou em 1863 o Compêndio breve de música teórica, de Manuel Antônio Justo.

A Loja Leão, de Jesuíno Sobrinho & Cia., instalada inicialmente na Praça do Comércio, 39, mudou-se cerca de 1921 para a Rua Conselheiro Dantas, 12, e publicou também música de salão durante toda a década de 1920, mandando imprimir em São Paulo.

Fortaleza - A Casa Editora Ceará Musical, propriedade do professor de música Antônio Mouta, publicou muita música de dança, por volta de 1920, impressa em São Paulo.

Belo Horizonte - Destacam-se o Estabelecimento Musical Carlos Gomes, de Luís Cantagalli, na Avenida Afonso Pena, 769, e, nessa mesma avenida nr. 791, a Casa Faria, ambas publicando música de salão impressa em São Paulo. Na Rua Espírito Santo, 477, há a Casa das Músicas, de Manuel Evaristo de Paula Xavier.

Curitiba - As Edições Attilio D’Aló, na Rua Marechal Floriano Peixoto, publicaram algumas peças de salão entre 1918 e 1921. Hertel Irmãos, na Praça Municipal, 9, tiveram uma produção bem maior, desde cerca de 1919 até 1927.

Porto Alegre - Mariano Mariante & Irmão, estabelecidos na Rua dos Andradas, 465, publicaram também alguma música, entre 1919 e 1927, sempre impressa em São Paulo.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - São Paulo - 2a. Edição - 1998.

A impressão musical no Brasil - Parte 7

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Ruas 1º de Março e Duque de Caxias - Recife (Pernambuco) - Últimas décadas do séc. XIX.
Recife - Segundo Pereira da Costa (em Estudo sobre as artes em Pernambuco, Revista do Instituto Arqueológico e Geográfico de Pernambuco, nr. 54, 1900), existia, em 1852, uma Imprensa de Música na Rua Bela, 28, que publicou as valsas Madrugada, para piano, Salto, para flauta, e Luisada, para violão. Na mesma época foram publicadas em Recife várias obras didáticas sobre música.

Em 1843 a Tipografia Santos & Cia. imprimia o Tratado científico metódico-prático de contraponto, de Joseph Fachinetti, e da Tipografia Imparcial da Viúva Roma, na Rua da Praia, 55 (calcografia do padre E. J. de Azevedo), saía em1851 o Indicador dos acordos para violão, de Miguel José Rodrigues Vieira. Seis anos depois, Tomás da Cunha Lima Cantuária, músico e compositor, publicava sua Pequena arte de música. Antônio José d’Azevedo, com oficina litográfica na Rua Nova, 11, imprimiu também, nas últimas décadas do século passado, alguma música de salão.

Ainda no final do século XIX, Victor Préalle, que até 1870 tivera loja de música no Rio de Janeiro, deixou o negócio com Henri Préalle e transferiu-se para Recife, abrindo loja na Rua do Imperador, 55. Continuou imprimindo músicas com chapas numeradas (cerca de 260), em grande maioria peças de Misael Domingues, compositor alagoano. A firma passou então para Préalle & Cia. suc. de Victor Préalle, no mesmo endereço, mudando-se mais tarde para Rua Barão da Vitória, 59.

Em 1899 já tinham imprimido cerca de 390 chapas, na maioria de compositores brasileiros, além de Misael Domingues, Euclides Fonseca, Antônio Rayol, Antônio Henrique Albertazzi, Francisco Libânio Colás e outros. No final da década de 1910 estavam com loja na Rua Floriano Peixoto, 115.

Eduardo Paiva abriu Loja de Pianos, Instrumentos, Músicas e Artigos Diversos, na Rua Nova (hoje Rua Barão da Vitória), 13. Em 1913 iniciou a publicação de músicas, muitas delas impressas em Leipzig, Alemanha, e mais tarde em Recife e São Paulo. As primeiras peças eram todas de Alfredo Gama. Na década de 1920, mudou-se para a Rua das Laranjeiras, 58, como Casa Paiva, imprimindo muito pouco.

Em 1916 abriu-se a Casa Ribas de Artur & Ribas, na Rua da Imperatriz, 173. Três anos depois Artur Aroxa estava sozinho na firma e publicando muita música de salão de compositores brasileiros, que mandava imprimir em São Paulo. As edições não eram numeradas, mas a produção era abundante. Em 1920, eram representantes da Casa Bevilacqua do Rio de Janeiro, e até 1930 continuavam publicando.

Azevedo Júnior & Cia., com Casa de Música na Rua da Imperatriz, 185, imprimiu muita música de salão na década de 1920 até cerca de 1935. Em 1940 a casa continuava no mesmo endereço, mas a firma passara a Cirne & Irmãs.

A Secção de Música, de Dantas Bastos & Cia., na Rua Sigismundo Gonçalves, 95, iniciou por volta de 1929 a publicação da Edição musical mauricéia, sob a direção do compositor Nelson Ferreira, autor da maioria das obras publicadas. No ano seguinte, foi comprada pela Casa Parlophon, de M. G. Martins, continuando no mesmo endereço.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - São Paulo - 2a. Edição - 1998.

A impressão musical no Brasil - Parte 6

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Casa Levy Pianos em uma foto de 1870  - Rua XV de Novembro - São Paulo
São Paulo - Em meados do século passado, começaram a surgir em São Paulo as primeiras músicas impressas nas oficinas de Gaspar & Guimarães (1863), Henrique Schroeder (1865), José Maria dos Santos (1869) e Jules Martin (Rua São Bento, 37), mas só mais tarde, no final do século, surgiu um serviço regular de impressão de músicas, com a firma Levy Filhos.

Henrique Luís Levy, francês de nascimento, vendedor de jóias e clarinetista, veio para o Brasil em 1848 e, em sua vida de vendedor, fizera amizade com a família de Carlos Gomes, em Campinas SP, participando de vários concertos e tendo mesmo acompanhado o compositor em sua primeira viagem à capital do Estado, em 1859. No ano seguinte abriu loja para venda de jóias, na Rua do Rosário, 2, passando logo a vender também músicas. Foi precursor nesse ramo de negócios com Jean-Jacques Oswald, que em 1857 abriu o Depósito de Pianos e Músicas da Rua da Casa Santa (hoje Rua Riachuelo), 10.

Em 1868, porém, Oswald retirou-se com a família para a Europa, onde seu filho Henrique Oswald deveria completar seus estudos de música. Henrique Luís Levy associou-se, em 1864, ao compositor Emílio Eutiquiano Correia do lago, mas quatro anos depois estava desfeita a sociedade, continuando ele com o Depósito de Pianos, Músicas e Instrumentos, até 1891, na Rua da Imperatriz (hoje Rua Quinze de Novembro). A firma passou então para seus dois filhos, Luís Levy e Alexandre Levy, ambos pianistas e compositores. Levy Filhos começaram a publicar regularmente música, com chapas numeradas (L. ... F.). Não tinham chegado ainda a uma centena, quando a firma mudou para L. Levy & Irmão, com chapas (L. I).

Em 1892, morreu prematuramente Alexandre, o mais talentoso como compositor, sendo que seu pai sobreviveu a ele ainda quatro anos. Com a morte do irmão, Luís assumiu a direção da Casa Levy, continuando a publicar principalmente obras suas e de seu irmão Alexandre, música sertaneja, de dança, hinos, marchas etc., sempre na Rua da Imperatriz, atingindo mais de 400 as peças publicadas até o final da década de 1920. A casa Levy funciona até hoje, mas só para venda de músicas e instrumentos, tendo-se mudado da Rua da Consolação, 381, onde se achava até 1974, para a Rua Azpilcueta, 547, sendo de propriedade dos Irmãos Vitale.

Antônio Di Franco, italiano, tinha, no início da década de 1910, um estabelecimento musical na Rua São Bento, 59, com representação de várias editoras européias, entre elas Schott Frères (Bruxelas, Bélgica) e A. Gaizelli (Paris, França), e imprimia músicas em oficina própria, com chapas numeradas (A.D.F. ...). Publicou um Catálogo e por volta de 1919 já contava com mais de 700 peças impressas.

Em 1921 comprou, com o sócio Francesconi (Di Franco & Francesconi), o Estabelecimento Musical Santa Cecília, na Rua Sebastião Pereira, 21, que vendia, principalmente, instrumentos, e pertencera de 1918 a 1920 a Castagnoli & França. Este imprimia também uma dezena de peças numeradas (C ... F.), sendo sucedido por José França, que continuou a imprimir (J. ... F). A sociedade Di Franco & Francesconi teve pouca duração, continuando com Di Franco & Cia. Por volta de 1922, com a morte do proprietário, encerrava suas atividades.

João Campassi, gravador italiano que viera para o Brasil a chamado de A. Di Franco, estabeleceu com o sócio Pedro Angelo Camin a firma Campassi & Camin — Casa Editora Musical Brasileira (C.E.M.B.), na Avenida Brigadeiro Luís Antônio (1914). Em 1919 adquiriu a Casa Sotero, então localizada na rua Líbero Badaró. Mudaram pouco depois para a rua Direita e mais tarde para a rua São Bento. Fundaram filiais em Santos SP, Rio de Janeiro RJ e Araraquara SP, mas a crise de 1929 obrigou a liquidação desses estabelecimentos. Posteriormente, um grande desfalque praticado por empregados de confiança provocou a concordata da firma em 1933.

Com o objetivo de ajudar a viúva de Di Franco, de quem era parente, constituiu, com parte do acervo original, a Casa A. Di Franco, na Rua São Bento, 50, para venda de instrumentos e músicas, funcionando como redação da revista ilustrada Anel (1923-1929), dirigida inicialmente por Antônio de Sá Pereira, periódico informativo e noticioso sobre o movimento, não apenas musical, mas também de “teatro, arte, literatura e atualidades sociais”.

Contemporâneo de A. Di Franco, o Estabelecimento Musical Sotero de Sousa Ed., na Rua Libero Badaró, 135, iniciou, por volta de 1915, a publicação de músicas, com acentuada preferência pela música sertaneja, canções populares, operetas etc., todas as peças com chapas numeradas (S. ... S.), quase 200. Em 1920, a casa entrou em liquidação e foi em parte comprada por Campassi & Camin — Grande Estabelecimento Musical Campassi & Camin (antigo Sotero de Sousa), mantendo-se depois o nome de Casa Sotero, na Rua Direita, 47. Quatro anos mais tarde já tinha filial em Santos.

Em outubro de 1928 publicaram o 22 Catálogo de música (peças com chapas numeradas até 3.530). Entre 1927 e 1929 tiveram uma filial no Rio de Janeiro, na antiga Rua República do Peru, da qual foi gerente Eduardo Souto. Publicaram, além de métodos e obras didáticas, vasto repertório de música para piano, violino, canto, música de dança, as conhecidas coleções Cine-orquestra e Brasil-orquestra, com repertório para pequenos conjuntos instrumentais, e a Biblioteca pianística, coleção de peças para piano revistas por Luigi Chiaffarelli, Agostino Cantú e Outros.

Em 1920 a firma enfrentou sérias dificuldades financeiras, passando a ser propriedade de Agostino Cantú. No ano seguinte os endereços eram Rua Direita, 37, e São Bento, 42. Em 1932 o Catálogo C.E.M.B. passou para as Edições Musicais Derosa — Rua Álvaro de Carvalho, SA. Continuaram a publicação de peças, seguindo a mesma numeração, primeiro com as iniciais (E.d.R. ...) e mais tarde (D. ... R.). Em 1934 a numeração das chapas era cerca de 5.100 e em 1937 ia a té cerca de 5.280. Por volta de 1940 passou para Impressora Moderna Ltda.— IML., no mesmo endereço, continuando a impressão de músicas, com obras de Agostino Cantú, Fabiano Rodrigues Lozano, Francisco Mignone e outros, atingindo por volta de 5.500 peças. Vendida depois para a Editora Lítero-Musical Tupi 5/A — Rua Sete de Abril, 176, hoje é propriedade das Casas Editoras Musicais Brasileiras Reunidas CEMBRA Ltda., na qual os Irmãos Vitale têm participação.

Em meados da década de 1910, o compositor Francisco Russo imprimia alguma música em sua loja, Casa Ítala, na Rua do Arouche, 30. Por volta de 1919 instalou-se na Rua General Carneiro, 30, mudando o nome da loja para Casa Mignon, como sucessora do Estabelecimento Musical Pietro Mascagni, de propriedade de Attilio Izzo (imprimira cerca de 10 peças numeradas A. ... I.). Em 1920 mudou-se para a Rua Libero Badaró, onde vendia instrumentos e música. Em 1921 mudou o nome da firma para Francisco Giunta Russo e no ano seguinte montou oficina própria para impressão de músicas, mudando novamente o nome da casa para Casa Wagner (antiga Casa Mignon). As peças eram numeradas (C. ... W.). De 1951 em diante, a firma passou para Evaldo Mário Russo — Casa Wagner, e de 1954 até hoje Casa Wagner Ed. Ltda., tendo-se mudado em 1960 para a Rua Barão de Itapetininga, 207/2 andar. Imprimem principalmente material didático, peças para piano (principiantes), acordeão, violão e cantos escolares.

A Casa Manon de Facchini & Zanni, na Rua do Carmo, 20, imprimia desde 1918 alguma música de salão. Em 1920 mudaram-se para a Rua Boa Vista, 48. De 1948 em diante, têm publicado principalmente música para acordeão e métodos para instrumentos. De 1955 em diante o endereço passou a ser Rua Vinte e Quatro de Maio, 242.

Pedro Tommasi, com Estabelecimento Musical na Rua Boa Vista, 55, desde 1918, começou a publicar música em 1920, mantendo-se durante alguns anos, mas com produção reduzida.

Em setembro de 1923 Vicente Vitale iniciou atividades em São Paulo, começando no ano seguinte a publicação de música popular nacional e estrangeira. Associando-se a seu irmão Emllio, logo depois incorporaram-se os outros irmãos: João, Afonso e José, formando a Empresa Editora Musical Irmãos Vitale, na Rua Conselheiro Ramalho, 187. Em 1931, estenderam o âmbito de suas publicações com a compra da Edição Brasília de Nicollini e Pó, incluindo obras de Johann Sebastian Bach (1685—1750), Ludwig van Beethoven (1770—1827), Frédéric Chopin (1810—1849) etc. Tiveram inicialmente como orientador musical o compositor Lorenzo Fernandez, responsável pela Edição cosmos — com finalidade didática, compreendendo obras de compositores brasileiros e estrangeiros, Edição Panamérica e Edição Orfeu — uma seleção de obras corais de autores brasileiros.

Atualmente a direção artística da editora está entregue ao maestro Sousa Lima, e o Catálogo da empresa compreende obras de compositores estrangeiros, mas com acentuada preferência pelos autores brasileiros, dentre eles Heitor Villa-Lobos, Francisco Mignone, Lorenzo Fernandez, Barroso Neto, os irmãos Levy, Sousa Lima, Dinorá de Carvalho, Osvaldo Lacerda, Manos Nobre, Almeida Prado e outros.

Outras séries publicadas: Edição métodos, Edição álbuns, Edição orfeão, Edição violão, Edição musarmônio etc. Cada série com numeração independente: Música popular do nr. 1 até 1.000 e depois de 2.000 até aprox. 20.000. Em 1970 publicaram um Catálogo geral de música popular brasileira (125 p.), tendo incorporados os catálogos: Brasil-ritmos Vitale e Catálogo Ernesto Augusto de Matos, com obras de Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga, Pixinguinha, Patápio Silva etc. O repertório de música estrangeira e obras de Villa-Lobos, Mignone etc.: do nr. 1.000 até 2.000, continuando de 20.000 em diante.

Periodicamente publicam um Guia temático com as peças dos programas dos conservatórios, classificadas por ordem de dificuldade, e em 1973, comemorando 50 anos de atividade editorial, publicaram um Suplemento Vitale, além dos catálogos de material didático, instrumental etc., publicados regularmente. Desde 1942 dispõem de loja para venda das Edições Vitale na Rua Direita, 115 — Casa Bevilacqua, adquirida da firma J. Carvalho & Cia., que havia sido representante das Ed. Bevilacqua em São Paulo.

Em 1926 a Ed. Ricordi, de Milão, Itália, abriu filial em São Paulo, na Avenida Brigadeiro Luís Antônio
— G. Ricordi & Cia., pondo à disposição do público vários catálogos, notando-se a predominância de material didático. Em Catálogo publicado em abril de 1929, já figuravam os seguintes compositores brasileiros: Barroso Neto, Agostino Cantú, Lorenzo Fernandez, Paulo Florence, Luciano Gallet e Henrique Oswald.

Criada a Ricordi Americana, na Argentina, voltaram- se para o Brasil no intuito de desenvolver a produção do país, fundando em 1943 a Ricordi Brasileira S/A— E.C., atualmente com endereço na Rua Conselheiro Nébias, 1.136. A orientação da editora continua a mesma, como se observa do Extrato do catálogo geral de 1973 (102 p.), com predominância de compositores brasileiros contemporâneos, entre os quais Francisco Mignone, Osvaldo Lacerda, Ernst Mahle, Almeida Prado, Camargo Guarnieri, Rufo Herrera, Gilberto Mendes, Guerra-Peixe, José Siqueira, Ernst Widmer, Cláudio Santoro, Kilza Setti, Breno Blauth, Marlos Nobre e Bruno Kiefer.

Por volta de 1928, I. Chiarato & Cia. Ed., na Rua Santa Efigênia, 28, iniciaram a publicação de peças para piano, canto e violino (Biblioteca violinística brasileira), na maioria de compositores paulistas ou radicados em São Paulo, cerca de uma centena de peças numeradas (I.C. ...). Em 1930 L. G. Miranda comprou a firma mantendo o nome de Casa Chiarato (mesmo endereço), ano quem que já haviam publicado pelo menos três pequenos folhetos, como catálogos. Responsáveis pelo lançamento da quase totalidade das obras sobre música de Mário de Andrade, demonstravam grande interesse também pela produção musical contemporânea, tendo em estoque, para venda, obras de Darius Milhaud (1892—1974), Paul Hindemith (1895—1963), Igor Stravinsky (1882—1971), Vittorio Rieti (1898—), entre outros. Em 1931 mudaram-se para a Avenida São João, onde continuaram publicando música até cerca de 1935.

Estevam Sciangula Mangione, de nacionalidade italiana, chegou ao Rio de Janeiro em 1927, vindo da Argentina. Iniciou atividades com um balcão para venda de músicas em conjunto com André Barbosa & Cia., associando-se depois a Luís Gonzaga (filho de Chiquinha Gonzaga), no primeiro andar da Rua da Carioca, 55, com a firma Estevam S. Mangione, que iniciou a publicação de músicas, mas ainda sem oficina própria. Em 1930 tentaram, sem sucesso, a instalação de uma gráfica, e desde 1927 possuíam a loja A Melodia, na Rua Gonçalves Dias, 40. O endereço passou a ser depois Rua do Ouvidor, 160/1o. andar.

Nessa ocasião vieram para São Paulo, onde se instalaram na Rua da Liberdade, 96, com escritório, residência e oficina. Francisco Mignone foi o primeiro orientador e conselheiro musical da firma, além de se incumbir da revisão das peças. A firma, então E. S. Mangione, assim se manteve até 1944, quando passou a Editorial Mangione Ltda. Música popular brasileira foi o que predominou inicialmente na produção da editora, além de material didático, algumas obras de Francisco Mignone, João Baptista Julião, Radamés Mosca etc. Em São Paulo alugaram loja de música com J. Paulo Cristóval — Casa Beethoven — Rua Direita, 25 (de 1935 a 1942), para venda do material publicado.

Desde 1934 são os editores autorizados, mediante contrato, para impressão das obras do Catálogo E. Bevilacqua, mantendo idêntica situação com o Catálogo da Casa Viúva Guerreiro. De 1952 a 1968 passaram a Sociedade Anônima Mangione e depois Mangione e Filho Sociedade Coletiva. A produção da casa até hoje atinge cerca de 2.600 peças (numeração iniciada em 10.000, portanto 12.600), mais o acervo de música popular — cerca de 6.400 peças.

Bandeirante Editora Musical Ltda., Rua do Seminário, 165 / 2o. andar, iniciou atividades por volta de 1945, publicando música popular brasileira, repertório de acordeão e material didático, orientação que manteve até 1972, quando passou à propriedade da Fermata do Brasil. A produção ultrapassa 6.000 peças.

Enrique Lebendiguer, de nacionalidade polonesa, chegou ao Rio de Janeiro, vindo de Buenos Aires, Argentina, onde era sócio de Brenner nas Ediciones Internacionales Fermata — FBA. Colaborou inicialmente com as Edições Musicais Rio, Praça Marechal Floriano, 55, entrando mais tarde de sócio e acabando proprietário da editora. Em 1950 veio para São Paulo, iniciando publicação de música popular brasileira e estrangeira. Em 1966 comprou a Editora Santos Dumont, de Mário Zan, e em 1968 tornou-se proprietário do Catálogo Ed. Artur Napoleão, publicando, nesse mesmo ano, um extrato do referido catálogo, com as obras de autores brasileiros. 

Em 1972 comprou a Bandeirante Editora Musical Ltda., formando, com várias outras editoras menores de música popular, o Grupo Editorial Fermata. A aquisição do Catálogo Ed. Artur Napoleão constituiu para a editora um apreciável enriquecimento de acervo, pois até então dedicavam-se quase exclusivamente à publicação de música popular. 

 Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - São Paulo - 2a. Edição - 1998.